Se existisse um diálogo entre as tecnologias consideradas obsoletas, como seria? A máquina de escrever com saudade de ser tocada. O rádio que não consegue sintonizar suas estações com qualidade. E, de repente, surge um smartphone que faz tudo de uma vez: toca música, digita mensagem e faz ligação (ora essa). A abertura do Congresso das Relações Empresa-Cliente, Conarec, trouxe uma reflexão sobre as transformações do mundo a partir das ferramentas do cotidiano.
O telefone antigo reclama que as pessoas não valorizam mais a natureza das coisas, não prestam mais atenção em um item por momento. O smartphone pede para todos relaxarem: “Precisamos apenas ser felizes”. O celular antigo rememora seus tempos de glória e diz que não serve mais para nada – sente saudades de quando era útil. “O que é saudade?”, questiona o device tecnológico, jovem demais, descolado demais para ser deixado de lado pelas novas gerações.
A encenação pode parecer ingênua, mas demonstra o posicionamento do jovem atual. Muitas vezes, ele desconhece os formatos antigos – ou simplesmente ignora sua existência. Essa é uma lição e tanto para as empresas: sem reinvenção, elas podem ser simplesmente deixadas de lado. “Os Millennials viram tudo de ponta cabeça. É uma geração diferente que, pela primeira vez, em vez de aprender, ensina”, destacou Roberto Meir, CEO do Grupo Padrão, durante a abertura do evento.
História
Meir chamou a atenção para os 15 anos de Conarec. “É graças ao prestigio de toda a comunidade de executivos e empreendedores presente aqui, que pensa e prioriza o modo de fazer o melhor relacionamento possível com o cliente, que estamos aqui”, refletiu.
A aceleração da transformação que a sociedade passa todos os dias por mudanças está cada vez mais veloz. Os negócios precisam acompanhar essa frequência – ou o futuro pode ficar nebuloso. E esse é um momento para aproveitar essa onda. “Estamos no melhor ano da nossa década. Saímos da queda do poço e vamos transformar o mercado, aproveitar as oportunidades”, garantiu Meir.
“São muitos desafios e as empresas precisam fazer suas escolhas, competir no mercado sem depender do governo. Precisamos fazer negócios com pessoas e estratégia, independente de subterfúgios. Essa é nossa grande mensagem”, finalizou.