Pesquisa realizada pelo Programa de Administração do Varejo (Provar), Fundação Instituto de Administração (FIA) em parceria com a Felisoni Consultores Associados buscou identificar a expectativa de compras no varejo no primeiro trimestre de 2014. Confira aqui os primeiros números, divulgados ontem (8).
Segundo esta mesma pesquisa, a renda do consumidor já está comprometida para o primeiro trimestre. A porcentagem é de 21% dos rendimentos sendo gasta com alimentação e o pagamento de crediário (contas a prazo). A Educação vem logo depois no consumo do dinheiro do consumidor, com 19,9%.
O presidente do Conselho do Provar, Claudio Felisoni, comenta que é por conta destes fatores que a intenção de uso de crédito para novas compras diminuiu em relação à pesquisa anterior. É importante lembrar que esta é uma pesquisa de intenção de compra, que busca traduzir como anda o ânimo do consumo no País.
Para aumentar a fidelidade do resultado com a realidade, a pesquisa é estratificada, ou seja, a população é dividida em grupos de forma que cada elemento pertença a um estrato. Entre os itens que o consumidor tem mais intenção de comprar em 2014 são vestuário e calçados (17,6%), viagens e turismo (13%) e linha branca (10,6%). A intenção de gastos com estes itens é menor em quase todas as categorias em relação ao mesmo período de 2013 e também ao último trimestre do ano passado.
Na apresentação da pesquisa, ontem (8) na sede da FIA, Claudio Felisoni contextualizou o comprometimento de renda do brasileiro. ?Temos no Brasil os 10% mais ricos sendo responsáveis por 45% do consumo. Nos EUA, França e Alemanha, os 10% mais ricos consomem menos, apenas 25% do total. O oxigênio do brasileiro para gastar é mais curto?, explica.
A intenção de compra de imóveis teve um impulso no começo de ano com 5,8% dos entrevistados dizendo sim para o interesse de compra. Já a intenção de compras online ficou em 88,3% nos primeiros meses de 2014, contra 90,3% no último trimestre de 2013 e 83,9% no primeiro trimestre do ano passado. Pesquisa entrevistou 500 paulistanos de forma estratificada.
Confira os gráficos: