A integração logística parte do princípio da padronização de processos e tecnologias entre operadores logísticos e seus fornecedores. Esta prática tem se mostrado de fundamental importância para a agilidade e consistência nos processos logísticos.
O processo de integração logística ocorre através de padronizações globais, como é o caso da identificação de produtos por código de barras por meio do GTIN (Global Trade Item Number) do Sistema EAN.UCC, padrão que fideliza as informações em toda a sua cadeia logística. Outro exemplo de eficiência da integração é a troca de arquivos eletrônicos, com a utilização de EDI (Electronic Data Interchange) ou XML (Xtensible Markup Language), que facilitam e proporcionam confiabilidade na troca de informações entre as empresas, diminuindo erros de digitação e tornando a cadeia logística cada vez mais automatizada.
No Brasil, o advento da NF-e (Nota Fiscal Eletrônica) possibilitou a melhoria no controle fiscal, o incentivo ao Comércio Eletrônico e principalmente o aumento do relacionamento eletrônico entre os fornecedores através do B2B, que prima pelo estabelecimento de um comércio integrado entre duas empresas, de modo a garantir uma integração de sucesso.
Imagine um operador logístico recebendo mercadorias com um código de barras sem um padrão definido. Provavelmente o seu coletor de dados e o software logístico não estariam preparados para absorver esse tipo de informação. Com isso, seriam geradas customizações, que seriam desnecessárias caso houvesse padronização das informações.
O tráfego de informações eletrônicas também é inviável se não houver padronização acordada entre empresa e fornecedor. As integrações EDI ou XML devem ser realizadas entre as empresas para que os processos logísticos possam fluir de forma dinâmica e com confiabilidade. A dinamicidade atual não permite que um pedido realizado por um cliente via comércio eletrônico seja inserido em um sistema logístico de forma manual, pois isso acarretaria atrasos nas entregas.
Por fim, o investimento em padronização traz redução de custos operacionais, evita retrabalho, possibilita a rastreabilidade das mercadorias de forma eficaz e proporciona a produtividade esperada no armazém. Operadores logísticos que não investirem em integrações terão um desempenho inferior à concorrência, principalmente nos quesitos que dizem respeito à acuracidade e à qualidade do serviço prestado. As integrações não são apenas um diferencial, mas sim o principal ponto de partida para garantir a competitividade das empresas.
* Rodrigo Recchia é gestor de desenvolvimento do produto WMS Store Automação