Organizar a vida financeira é o primeiro passo para a realização de boa parte dos sonhos de consumo mais populares: de uma viagem à casa própria, tudo exige planejamento. Mas por onde começar? Para o couch financeiro, Ronald Dennis Pantin Filho, o método mais eficiente para administrar o seu dinheiro de forma inteligente se divide em quatro etapas: diagnosticar, sonhar, orçar e poupar.
?O diagnóstico, que é essencial, é um grande problema para as pessoas: se eu perguntar quais as suas grandes despesas, você vai ter na ponta da língua, mas o ralo do dinheiro são justamente as coisas que não são controladas, os pequenos valores?, explica o especialista.
Ou seja, antes de tudo, é preciso colocar os gastos ? todos eles ? no papel. A primeira dica, segundo Ronald, é anotar tudo que se gasta em um período determinado ? um mês para assalariados e três meses para profissionais liberais. Isso pode ser feito em um caderninho, em um programa de tabela, como o Excel, ou em um aplicativo de gerenciamento financeiro, como o Finanças Pessoais.
O ideal é registrar essas despesas de forma estratificada, separando, por exemplo, combustível, farmácia, padaria e lazer. Ao fim do período, será possível identificar quais são os gastos mais significativos, quais aqueles que foram realmente necessários e onde é possível economizar para, a partir daí, iniciar o controle do dinheiro.
A segunda etapa consiste em estabelecer metas para o seu dinheiro. Escolher um sonho e transformá-lo em um objetivo com data marcada para ocorrer, serve de estímulo para economizar. ?Normalmente as pessoas se sentem motivadas a controlar os gastos quando tem um objetivo maior?, avalia o coach.
O terceiro passo é fazer um orçamento da meta a ser atingida. De acordo com o especialista, produtos de maior valor podem ter variações de 30% a 40% de um lugar para outro. Para não perder dinheiro, o mantra é nunca aceitar a primeira oferta. Fazer pelos menos três orçamentos diferentes, seja pessoalmente ou pela internet, é fundamental para fechar um bom negócio.
Outra dica é dar preferência às compras à vista, que aumentam o poder de barganha do consumidor. ?A maioria dos produtos que chamamos de commodities, como móveis e eletrodomésticos, tem juros embutidos no valor para estimular o parcelamento. Se você vai fazer uma compra à vista e a loja não quer dar desconto, busque outra?, afirma Ronald.
Com o objetivo traçado e devidamente orçado, é hora de usar o diagnóstico feito na primeira etapa para, finalmente, cortar despesas. Poupar parece difícil, mas com os gastos controlados, aos poucos pode se tornar um hábito, o que possibilitará a concretização de desejos antigos. O ideal para começar a economizar é guardar, no mínimo, 10% da renda mensal.
?A pessoa tem que ter em mente que não pode contar com aquele dinheiro. Se você considerar que ganha x, vai gastar x. Tem que esquecer esses 10%?. Por fim, é preciso aos poucos mudar a lógica usada para administrar o dinheiro. Em vez de focar nas despesas, pensando somente em como reduzir custos, é importante pensar em formas de aumentar suas receitas.
?O brasileiro em geral tem foco nas despesas, não nas receitas. A pergunta tem que ser diferente: quanto eu vou poder ganhar com isso? É uma mudança comportamental. Tem que ter foco na redução, é claro, mas pensar o que pode fazer de diferente para aumentar as receitas?, finaliza Ronald.
Fonte: Assessoria de Imprensa Finanças Pessoais.