As pessoas não podem ouvir ou ler a palavra ?economizar? que já começam a arranjar desculpas, dizendo que ganham pouco e não conseguem cortar gastos. No entanto, isso não é totalmente verdade, visto que, de acordo com algumas pesquisas já feitas e com a minha experiência realizando terapias financeiras de casais, podemos dizer que, em média, 20% das despesas são excessos.
O problema é que a maioria da população não foi educada financeiramente e não entende que, para aprender de vez a administrar e utilizar bem o dinheiro, não basta saber fazer contas e mexer em planilhas; é preciso mudar o comportamento, ou seja, hábitos e costumes que foram adquiridos ao longo da vida em relação ao consumo.
Uma orientação importante é que a família toda deve estar junto nessa empreitada e que não deve se reunir para falar de cortes, mas sim de sonhos e objetivos ? pelo menos três: de curto (até um ano), médio (de um a dez anos) e longo prazo (acima de dez anos) ?, que poderão ser realizados com essas economias. Para mostrar melhor essa questão, comentarei sobre alguns pontos que acredito que sejam práticos e do cotidiano das pessoas.
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1. Os gastos de energia elétrica são um dos que mais apresentam excessos. Basta pensar em quanto tempo usa o chuveiro e quantas vezes deixa as luzes ligadas ou a geladeira aberta. Sem contar o uso de televisão e computador;
2. O uso de telefone também deve ser repensado, fazendo uma análise entre os valores do fixo e do celular. É preciso comparar o valor das tarifas sempre que possível. Dê preferência ao uso do telefone fixo em vez do celular. A opção deve ser pela menos custosa e não pela mais prática;
3. A reciclagem de produtos também deve ser priorizada. Os desperdícios nas residências são muitos, sendo possível reciclar desde alimentos até roupas e materiais escolares, sem perder a qualidade;
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4. Antes de ir ao supermercado, faça uma lista de compras e procure deixar as crianças em casa. Também tenha cuidado com as promoções; quantas vezes compramos o famoso ?pague dois e leve três? e perdemos dois dos produtos;
5. Compare os preços quando for às compras. Seja em lojas, supermercados ou até restaurantes, é fundamental que se faça essa comparação, pois as variações são muitas. Evite produtos de ‘grife’;
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6. Economize ao utilizar o veículo. Nem sempre se necessita fazer tudo de carro; andar pode ser saudável e econômico. Além disso, é importante manter o carro revisado para que imprevistos não estourem as finanças;
7. Na utilização de gás e água, também é possível economizar. Evite deixar o fogo, o chuveiro e as torneiras ligados sem necessidade e busque reutilizar a água.
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Reinaldo Domingos, educador financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira e da Editora DSOP, autor do best seller Terapia Financeira e dos lançamentos Sabedoria Financeira e Papo Empreendedor.