O distanciamento social, obrigatório devido a COVID-19, prejudicou a saúde mental da população, provocou diversas mudanças no comportamento de compra, e fez com que as pessoas sentissem os efeitos da solidão em diversos sentidos. Um exemplo disso é o aumento do consumo de conteúdos (vídeos, em especial) e produtos eróticos, comprovados por diferentes dados.
Segundo um levantamento feito pela Associação Brasileira de Empresas do Mercado Erótico (Abeme) e divulgado em junho, mais de 1 milhão de vibradores foram vendidos em todo o Brasil, desde o início da quarentena. O número representa um aumento na compra de produtos eróticos, porém, o interesse do público por esse mercado não é novo: em 2019, o setor atingiu a marca de R$ 1,7 bilhões em receitas, ainda de acordo com a Abeme.
Um exemplo desse crescimento é a marca de cosméticos sensuais e sex toys INTT, que foi lançada em 2007 e possui 200 produtos no portfólio. Entre março e junho, a empresa chegou a registrar um aumento de 40% na procura por determinados produtos – vale registrar que, no período, o produto mais vendido (um estimulador clitoriano recarregável) custa R$689,90.
Além dos produtos eróticos
O aumento do consumo de vídeos eróticos também é marcante. A área de Insights do Pornhub, um dos mais relevantes portais de conteúdo adulto do mundo, identificou que, em 9 de março (dia em que a Itália entrou em quarentena) já houve um crescimento 2,7% no tráfego do site, em comparação com a média do dia da semana (das segundas-feiras anteriores, no caso). No dia 24 de março, uma quinta-feira, houve o maior pico: o aumento foi de 24,4%.
No Brasil, a principal alta no tráfego do Pornhub foi em 13 de julho, último dia de medição: nessa data, o crescimento por aqui chegou a 39,2% – e temos motivos para supor que não parou por aí, visto que o aumento é gradual desde o início da quarentena.