Em maio foi anunciada pela Petrobrás a nova estratégia comercial para definir os preços de diesel e gasolina. A partir de então, passou a ser referência o custo alternativo do cliente, quando há alternativas de suprimento por fornecedores dos mesmos produtos ou de substitutos. Além disso, existe o valor marginal para a Petrobras, baseado em alternativas para a empresa, como produção, importação ou exportação.
O novo modelo provocou alterações no preço da gasolina. Mesmo com a nova política, a proposta ainda seguirá parâmetros internacionais. A nova precificação no valor da venda da gasolina, diesel e gás de cozinha para as distribuidoras têm influência no preço final nas bombas para os consumidores. O valor do repasse final varia de acordo com as regiões do Brasil.
Leia mais: Senacon já recebeu mais de mil denúncias contra preço abusivo em postos
O que influencia o preço do diesel?
O valor final que chega ao consumidor depende de questões como impostos (Cide, ICMS, PIS/Pasep e Confins), lucros de quem produz ou importa, e as margens do distribuidor. Para a Petrobras, é destinado 63,2% do preço, o que representa mais da metade do valor encontrado pelo cliente nos postos de combustíveis. Além disso, há 11,7% de impostos sobre o valor final. Uma vez que Cide, PIS e Confins estão zerados, a parcela que sobra é atualmente somente o imposto estadual, o ICMS. Já aos revendedores cabe uma parcela de 14,7%. Existe, por fim, a parte do biodiesel, misturado pelas distribuidoras, e a porcentagem em cima dela é de aproximadamente 15%.
Assine nossa newsletter!
Fique atualizado sobre as principais novidades em experiência do cliente
E o preço da gasolina, como é definido?
Assim como ocorre no diesel, o preço final da gasolina sofre alterações de acordo com os impostos e o lucro sobre distribuição e revenda. Vale lembrar que a gasolina vendida nos postos de combustível tem uma mistura com etanol anidro. Quanto aos impostos, o valor final chega a 33,6% quando somados ICMS, PIS/Pasep e Confis. Desse valor, 24,1% é para o ICMS e 9,5% para o restante. Já à Petrobras cabe uma parcela de 38,8% do preço final. Assim como o biodiesel misturado no diesel tem influência no valor do combustível, com a gasolina acontece o mesmo. O etanol anidro representa 13,2% do valor final. Cabe às distribuidoras e revendedoras uma parcela de 14,3%.
Os preços podem variar de acordo com as regiões do Brasil
Os valores dos combustíveis variam de acordo com a região do país. Para isso, são levadas em consideração questões como custo de distribuição e as características de cada estado. Os custos também podem passar por alterações de acordo com o período do ano, e podem ser acompanhados no site da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Um exemplo de como os valores podem variar está no Índice de Preços Ticket Log (IPTL). De acordo com o levantamento feito na última quinzena de julho, o preço do litro da gasolina no país foi comercializado por, em média, R$ 5,79, alta de 5,08% com relação a junho.
No período analisado, o preço médio mais caro apurado foi no Norte do país, onde o litro de gasolina custava R$ 6,16. Já o Sudeste manteve os valores mais baratos, com o litro vendido a R$ 5,66. Porém, o preço nos estados também pode oscilar, prova disso é que, em Roraima, a gasolina foi comercializada a R$ 6,47, a mais cara do país. Em julho, aumentos de 2% foram identificados em todas as unidades federativas.
+ NOTÍCIAS
Governo monitora preço do combustível após nova política da Petrobras
Crescem vendas de veículos elétricos e soluções em energia limpa