Criptomoedas é um negócio sustentável ou apenas uma bolha de mercado? Durante o CONAREC 2022, as criptomoedas e toda tecnologia envolvida nesse ativo digital foi tema do case da Coin Cloud, multinacional do mercado de criptomoedas.
Isabela Rossa, Country Manager Brasil da Coin Cloud, apresentou todo o potencial das criptos durante o painel “Cripto Experience: Possibilidades e desafios do mercado de criptomodedas no Brasil”.
Confira a cobertura completa do CONAREC 2022
Para a executiva, as criptomoedas é como a internet foi para muitos lá no seu início. “Na década de 90, especialistas acreditavam que a internet era uma coisa perigosa, passageira e que a tecnologia não era sustentável e iria colapsar. Pois bem, hoje ninguém vive sem internet. Negócios ao redor do mundo se reestruturaram por conta dela e ela transformou nossa realidade”, pontua.
De fato, companhias como a Amazon, por exemplo – que vendiam livros no passado -, miraram nessa tecnologia e hoje se tornaram um gigante do varejo eletrônico.
Isabela traça esse paralelo para explicar que muitas empresas e pessoas ainda são um tanto receosas sobre o assunto das criptomoedas, no entanto, para a especialista, isso é apenas uma questão de tempo para que as criptos deixem essa impressão no passado e se tornem um ativo popular.
Tecnologias impulsionando novos hábitos
Isabela explica de forma bem objetiva que o ponto-chave dessa tecnologia é o entendimento sobre blockchain, uma tecnologia imutável que registra dados em uma rede descentralizada. “Nada mais que um livro contábil digital que você consegue colocar informações dentro dele”, esclarece a especialista.
Nesse caso, diferentemente dos bancos, não há centralização e nem intermediários. Sua automação garante processos mais ágeis, transparentes e com total segurança, segundo Isabela.
Num mundo onde novos hábitos digitais estão construindo novas relações entre cliente e marcas, essa tecnologia vive um momento de ascensão, segundo ela. Isabela ressalta um caso de sucesso envolvendo blockchain: o Walmart.
A rede já usa blockchains para o rastreamento de seus alimentos. Como relata Isabela, no passado a companhia levava até 6 dias para identificar uma contaminação entre alimentos. Hoje, com a ajuda do blockchain, a marca consegue identificar em poucos segundos uma contaminação e acionar a retirada desse produto de forma muito rápida das prateleiras.
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Sobre o potencial das criptomoedas
Lançadas incialmente para ser mais um meio de pagamento, Isabela explica que as criptos avançam a cada dia e proporcionam novas possibilidades com mais segurança para quem busca transacionar com esse ativo digital.
Nessa esteira evolutiva surgem as Stablecoins. “É uma tecnologia muito semelhante as criptomedas, mas que não tem a volatividade que as criptos têm”, diz. “Nesse caso os varejistas se sentem mais confiantes para adentrar nesse mercado por meio das stablecoins”, pontua.
Uma das vantagens, segundo Isabela, é a de “tokenizar” essa tecnologia transformando-a em “recompensas” para os clientes. “Um dos exemplos é o Mercado Livre, que lançou a ‘Mercado Coin’, que nada mais é que um token, semelhante a programas de milhas, onde você gasta na plataforma e depois resgata esses tokens. Com isso você pode reverter esse ativo em novas compras, ou utilizar para fazer outros pagamentos no Mercado Livre”, explica.
“O interessante seria vermos essas empresas no futuro deixarem seus clientes transformar esses tokens em criptomoedas para outros fins e outras plataformas”, ressalta Isabela sobre oportunidades a serem trabalhadas em criptomoedas.
NFTs desenhando novas experiências de marca
Um dos caminhos encontrados hoje pelas marcas para impactar a experiência de seus clientes com ativos digitais é, sem dúvida, os NFTs. Segundo Isabela, esse ativo digital não fungível, vem criando um impacto enorme no varejo global.
“Estamos vendo uma onda de empresas entrando nesse mercado e criando suas comunidades em torno dessa tecnologia”, ressalta. Ela cita o exemplo da americana Concepts, que comercializa um conceito de exclusividade com itens, eventos e acesso a uma comunidade particular em transação via NFTs.
Ao final, a executiva da Coin Cloud ressalta essa capacidade de recriar significados para marcas por meio de tecnologias inovadoras como as criptomoedas. Para marcas que procuram diferenciação e uma nova proposta de valor, essa tecnologia traz esse apelo e possibilidade e mais do que isso, a criação de comunidades em torno da marca para usufruir com exclusividade de novos produtos e serviços. De fato, as criptomoedas surgem como um novo salto na experiência do cliente com marcas.
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