Na última semana, a Samsung colocou à venda o seu mais novo smartwatch voltado para o público esportista, o Gear Fit 2 Pro. A grande diferença para o antigo modelo, o Gear Fit 2, é o fato do relógio também servir para a prática de natação, algo que não era possível anteriormente.
A novidade, de fato, é a certificação 5 ATM, que comprova a resistência à água e o monitoramento avançado de natação. Entre as funcionalidades para a prática dos esportes aquáticos estão a medição de distância, número de voltas em uma piscina (tanto de 25 metros quanto de 50 metros) e o número de braçadas. O aparelho resiste até 50 metros de profundidade.
As funcionalidades da antiga versão, como a detecção automática de exercícios como corrida, ciclismo e polichinelo continuam. Outras ligadas mais às atividades diárias, como contagem de passos, calorias gastas e monitoramento de sono, também foram mantidas.
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No design, apesar da tela de visor curvo de 1,5 polegadas ser a mesma, as pulseiras ganharam dois desenhos diferentes. Com capacidade de 4 GB de memória interna, o dono de um Gear Fit 2 Pro ainda pode colocar por volta de 500 músicas no relógio por meio do aplicativo do Spotify ou utilizá-lo com WiFi – é possível parear o aparelho com um fone bluetooth.
Para esportistas profissionais e de fins de semana
Com o lançamento, a Samsung quer se aproximar cada vez mais dos atletas de alto rendimento e também aqueles que se exercitam esporadicamente. Segundo os nadadores Gustavo Borges e Fernando Scherer, o Xuxa, que estiveram presentes no lançamento, o aparelho pode auxiliar muito treinos longos, que exigem atenção do número de voltas na piscina ou até mesmo para saber a distância em alto mar.
A meta da Samsung é competir com marcas como Garmin e Polar, muito utilizadas por atletas amadores e profissionais. Mesmo assim, pelo menos por enquanto, a empresa não pretende patrocinar atletas de alto rendimento.
Mas e o teste?
Assim como o Gear Fit 2, a nova versão se adapta de maneira confortável no braço. A mudança na fivela, que na versão Pro é mais convencional do que na anterior, dá mais estabilidade no braço. Esse ponto é muito importante para um relógio que se propõe a ser para nadadores.
Algo que pode confundir no começo é o bloqueio do touch durante o exercício na água. Nos testes feitos pela CM, as vezes o desbloqueio demorava um pouco a acontecer e o repórter cancelava o exercício sem a intenção.
A detecção da distância em piscina demorava um pouco para aparecer no relógio, mas o smartwatch detectou todas as voltas dadas. Os batimentos cardíacos eram lidos mesmo na água, assim como o número de calorias gastas.
Além disso, todos os dados de exercícios são sincronizados com o aplicativo da saúde da Samsung, o Samsung Health. Então, fica mais fácil acompanhar as suas informações.
Para quem tem uma rotina de exercícios físicos e é amante de natação, gastar R$ 1,2 mil em um aparelho como o Gear Fit 2 Pro pode valer a pena. É um preço similar aos praticados pela Garmin, que são considerado os tops de linha do mercado. Caso você prefira esportes terrestres, a pedida é investir cerca de R$ 400 a menos em um Gear Fit 2.
Entrevista
Confira a entrevista com Loredana Sarcinella, diretora sênior de marketing da divisão de dispositivos móveis da Samsung Brasil, sobre o futuro dos wearables no Brasil e como a Samsung se posiciona neste mercado.
Qual é a estratégia da Samsung no mercado de wearables?
A Samsung quer trazer soluções para o consumidor. Esse é o primeiro ponto, antes mesmo de ser a líder do mercado. Temos que entender o que o consumidor quer e as soluções que vamos trazer. O mercado de wearables vem se tornando cada vez mais importante, pois ele amplifica os smartphones e isso significa uma continuação do momento de compra e das experiências.
Mas qual vai ser o grande diferencial para as pessoas passarem a adquirir wearables?
Existe um caráter emocional muito grande nesses produtos. Só ver quanto as pessoas começaram a criar com esses produtos, elas viraram grandes produtoras de conteúdo.
Você acredita que os wearables também farão parte das camadas mais baixas da população?
Com certeza. É uma categoria ainda nova, mas a tendência é acontecer a mesma coisa com os smartphones. Você tem, hoje, smartphones potentes com preços bem acessíveis. Esse vai ser o desenvolvimento natural. Temos estimativas, mas não podemos abrir. Toda vez que colocamos um wearable no mercado, o interesse tem sido cada vez maio.