Um novo relatório do Coresight Research aponta que as tendências dos shoppings até 2023 vão contemplar estabelecidos com menos foco em vestuário e atuando muito mais como ponto central de um ecossistema de varejo e serviços que inclua diversas soluções aos consumidores.
A revista NOVAREJO digital está com conteúdo novo. Acesse agora!
O relatório aponta que esses empreendimentos mudarão sua gama de inquilinos e já não serão apenas reativos a movimentos de fechamento de lojas, em especial de roupas, que são as dominantes nos shoppings, para aumentar sua diversidade de opções. Os lugares passarão a ser mais proativos na procura por hóspedes variados.
Leia também:
Mais de 12 mil lojas estão vagas nos shoppings brasileiros, diz Ibope
“Nos próximos anos, muitos shoppings reformularão suas ofertas, passando de um foco em lojas de roupas agrupadas ancoradas por lojas de departamentos para redes mais diversas de varejistas, lojistas de lazer e entretenimento, espaços para eventos e pop-ups de serviços empresariais”, afirmou ao Chain Store Age a fundadora da Coresight Research, Deborah Weinswig.
Confira as cinco tendências que devem transformar profundamente os shopping centers nos próximos anos:
1. Consumo regional será impactado
O relatório da Coresight Research prevê que 1.100 a 1.200 lojas de departamentos fechem entre 2017 e 2023 nos Estados Unidos, reduzindo em um quinto o número total de lojas no setor. Com a exceção de falências de cadeias de lojas de departamento, como a Bon-Ton, isso terá um efeito maior em shopping centers regionais do que em estabelecimentos premium e de maior tráfego.
2. Migração dos gastos para serviços
Entre 2000 e 2017, os gastos dos consumidores com bens de consumo caíram de 50% para pouco mais de 45% nos Estados Unidos. Com isso, os consumidores americanos gastaram 139 bilhões de dólares a menos em bens por ano. “Olhando para 2023, esperamos que os consumidores redirecionem mais 78 bilhões de dólares para o setor de serviços em detrimento do setor de bens”, declarou Weinswig.
3. Crescimento do varejo de moda na internet
Segundo o estudo, o e-commerce deve capturar quase a totalidade do crescimento do mercado de moda nos próximos cinco anos. O varejo físico de roupas e acessórios, portanto, ficará estável. A expectativa é de que os consumidores americanos gastem aproximadamente 73 bilhões de dólares em vestuário em 2023. Um terço disso será via e-commerce, muito mais que os 20% atuais.
4. Amadurecimento da geração millennial
O membro mais velho da geração milênio terá, em 2023, 43 anos. Eles responderão por 5 trilhões de dólares de gastos anuais em todas as categorias do varejo naquele ano. Unidos com a geração Z, os millennials constituirão mais da metade de todos os consumidores dos EUA. Uma das característica dessas gerações é dar preferência a experiências em vez de bens e priorizar preços baixos na aquisição de bens de consumo. Além disso, são muito mais dados a experiências digitais.
5. Crescimento dos canais não tradicionais
O varejo encontrará outras formas de vender fora dos padrões normais de lojas físicas. São os casos dos serviços de revenda e assinatura, que podem gerar 17 bilhões de dólares em gastos em 2023 nos EUA, segundo o estudo. “O varejo físico enfrentará desafios significativos nos próximos cinco anos. O shopping não está morto, mas os desafios serão muito grandes para os shopping centers, em especial os regionais e aqueles que priorizam o varejo de moda”, conclui a especialista.
Leia também:
Como a Havan cresceu 350% dentro do seu e-commerce em 2 anos