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Cresce a demanda por Cientista de Dados – conheça a profissão

Analisar, interpretar e qualificar grandes conjuntos de dados é indispensável hoje para qualquer empresa. É nos dados que muitas organizações identificam tendências, padrões e insights valiosos que orientam decisões em diversas áreas e frentes de negócios, e transforma o relacionamento com seus clientes.

O mercado está em busca deste profissional. Para se ter uma ideia, neste mês, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) confirmou um edital que oferece 150 vagas de nível superior, com salário inicial de R$20.900,00. Previsto para o segundo semestre de 2024, é a primeira vez que o concurso inclui a área de Ciência de Dados, papel que vem ganhando destaque, com remunerações atraentes, inclusive para cargos de nível júnior.

O que faz um Cientista de Dados?

O Cientista de Dados é o encarregado de identificar soluções e superar desafios empresariais por meio da análise de dados. Suas conclusões têm o potencial de influenciar desde a redução de despesas e riscos financeiros até a capacidade de prever vendas e lucros futuros, além de facilitar a personalização eficaz de produtos e serviços para os usuários.

João Serrajordia, professor da plataforma de ensino Escola Britânica Tecnologia de Artes Criativas (EBAC), explica que um Cientista de Dados sabe obter, combinar, organizar, trabalhar, analisar e modelar dados (muitas vezes em quantidades imensas), utilizando um método muito semelhante ao método científico – daí o nome.

Mais que construir relatórios, este profissional sabe encontrar padrões que “contam histórias” sobre um assunto ou negócio. “Há uma analogia de que ‘dados são o novo petróleo’, pois da mesma forma, possuem diversos níveis de refino, e a cada nível, mais valor se extrai dele”, comenta o professor. “Só de imaginar que um celular gera uma quantidade imensa de dados a todo o momento, isso já dá uma ideia de como isso pode ser valioso”, pontua.

Média salarial

Esse profissional, segundo o Glassdoor, tem em média uma remuneração inicial de R$4.000,00 por mês. Já profissionais com mais experiência e atuando em grandes centros ou empresas podem alcançar salários superiores a R$12.000,00 mensais. No exterior, especialmente em países como Estados Unidos e Reino Unido, a média salarial pode ser significativamente maior, variando entre US$70,000 e US$120,000 anuais.

“Com a globalização do mercado de trabalho há muitas oportunidades remotas e o mercado internacional demanda bastante mão de obra especializada do Brasil. É possível trabalhar daqui com uma empresa do outro lado do mundo e ser remunerado em dólar, por exemplo”, ressalta Serrajordia.

Mercado de trabalho e as ramificações da profissão

Dentro da carreira de Ciência de Dados, existem várias funções e especializações possíveis, incluindo:

  • Analista de Dados: foca na análise e interpretação de grandes volumes de dados para ajudar na tomada de decisões;
  • Engenheiro de Dados: responsável pela arquitetura, construção e manutenção de infraestruturas de dados;
  • Cientista de Dados: combina habilidades estatísticas, de programação e de negócios para extrair insights de dados complexos;
  • Especialista em Machine Learning: desenvolve sistemas e algoritmos que permitem que as máquinas aprendam e operem baseadas em conjuntos de dados preexistentes;
  • Analista de Business Intelligence (BI): utiliza dados para gerar insights que direcionam o negócio.

Segundo Serrajordia, o mercado de trabalho para Cientistas de Dados no Brasil está em expansão. No Indeed, motor de busca de empregos criado nos Estados Unidos em 2004, que funciona globalmente, há pelo menos 742 vagas abertas para o Brasil na plataforma. Na área de vagas, do LinkedIn, há mais de 800 oportunidades relacionadas a essa carreira só no último mês.

Curso, disciplinas e skills necessários

Plataformas como a EBAC, que oferecem o curso de Ciência de Dados, possuem em sua grade curricular matérias como Python, Data Mining, Modelos de árvores de decisão e Algoritmos, construindo uma base sólida de compreensão sobre dados e ferramentas necessárias para sua análise, de forma que o aluno possa aplicar esse conhecimento em diferentes áreas.

Para aqueles que desejam seguir na área, o professor da EBAC destaca três habilidades imprescindíveis:

  • Hacking skills‘, que seria a capacidade de solucionar problemas em tecnologia, onde entra a programação, conhecimento de ferramentas etc;
  • Estatística“, que seriam habilidades em probabilidade, estatística e modelagem de dados;
  • E a última, e não menos importante, “domínio do campo”.

“Um cientista de dados que trabalha com crédito, tem que entender de crédito! Se trabalhar em Telecom, precisa aprender sobre Telecom. Conhecer o campo é fundamental!”, finaliza João Serrajordia

Marcelo Brandão

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