Desde metade da década passada, a China vive uma profusão de startups de todo tipo. Em 2004, apenas uma empresa dessa categoria recebeu investimentos do governo chinês. Em 2015, o número saltou para 81. Hoje, três das dez maiores empesas chinesas são de tecnologia, é a tríade Baidu, Alibaba e Tencent, conhecida como BAT. O plano ambicioso da China é criar mais algumas desse porte nos próximos anos.
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O Plano Quinquenal do governo chinês, que contempla os anos de 2016 a 2020, tem como algumas de suas principais diretrizes inovação e economia compartilhada. Mas antes do início do Plano Quinquenal, a China já investia pesado. O governo despejou 230 bilhões de dólares em startups só em 2015.
O mercado de startups recebe incentivos do governo chinês por meio de um programa de financiamento direto e também por isenção de impostos para iniciativas do setor, em especial na área de inteligência artificial, a menina dos olhos do governo chinês. “A China quer assumir a liderança sobre inteligência artificial no mundo até 2030 e não lembro de nenhuma promessa desse tipo que não tenha sido cumprida”, diz José Ricardo dos Santos, CEO do Grupo Lide China.
Segundo Santos, a China está retomando o “sonho chinês”, termo usado cem vezes pelo presidente Xi Jinping durante o 19º Congresso do Partido Comunista. O retorno do sonho chinês apontado por Jinping é a reconquista do papel de grande motor de inovação do mundo por parte da China.
Superpopulação de unicórnios
Todo ano, a China coloca pelo menos uma nova startup entre as cinco mais valiosas do mundo. A China já contabiliza 90 unicórnios, startups que atingiram valor de mercado de 1 bilhão de dólares.
Em 2017, o maior unicórnio do mundo foi chinês. Com sede em Pequim, a Toutiao é uma plataforma de informação e conteúdo com um avançado sistema de machine learning que entrega conteúdo personalizado a 120 milhões de pessoas todos os dias. A empresa está avaliada em 20 bilhões de dólares.
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