Com a tendência das empresas em investirem em transformações do negócio, um novo cargo emergiu e com tendência de chegar para ficar: Chief Transformation Officer (CTO). O cargo exige que quem o ocupe esteja apto a acompanhar as mudanças e evoluir com elas, bem como estar atento às novas tecnologias. Outro requisito da função é compreender e respeitar pontos de vistas opostos dos envolvidos com os interesses da organização.
Cabe ao CTO promover e cultivar uma mudança organizacional, com foco no crescimento da empresa, bem como apontar novas ideias para essa evolução. Esses cargos têm se tornado notável diante da transformação digital, com impacto percebido por executivos de várias áreas, de grande porte ou médio. Com a evolução da expectativa dos clientes, as organizações devem se adaptar à digitalização. Nesse cenário, surge um novo modelo de liderança, o Chief Transformation Officer. Um relatório do Project Management Institute (PMI) abordou a questão. O documento aponta que 95% acreditam que o papel CTO é vital para o sucesso da transformação.
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Qual a função do Chief Transformation Officer em uma organização?
O primeiro passo para entender o papel dessa liderança dentro de uma organização é compreender o quão necessário o cargo é. Em algumas empresas, pontos como a crise climática impulsiona a transformação organizacional. Para outras, são levados em consideração pontos como mudanças no processo digital e nos processos econômicos, movimentos demográficos e falta de mão de obra.
Algumas situações interferem diretamente nessas alterações e desafios empresariais, como: a evolução da expectativa do consumidor; ritmo da mudança digital; surgimento de novas tecnologias; busca por eficiência; desafios regulatórios; ameaças da concorrência; lacunas nas habilidades; desafios políticos; entre outros. Caberá ao CTO garantir que os envolvidos com cada função dentro dos negócios se sinta confortável com essas mudanças e crie uma capacidade para iniciar esse processo.
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Dentro das necessidades citadas, 61% dos ouvidos pelo estudo disseram que a maior agilidade organizacional é um dos resultados esperados dentro dessa transformação, seguido pelo desejo de melhorar a experiência do cliente. Essa última questão está dentro dos objetivos esperados pelos próximos três anos, enquanto a expectativa para melhorias financeiras têm 50% de escolha entre os executivos. Já a melhora nas operações ambientais foi pontuada por 46% dos entrevistados.
Questionados sobre os critérios usados para medir os resultados, os líderes citam as receitas e produtividade, bem como a redução de custos, como os mais frequentes. Os três pontos citados estão, respectivamente, em primeiro e segundo lugar. Vale ressaltar que esse são os critérios atuais, que são seguidos por experiência do cliente, experiência dos funcionários e entradas no caixa/liquidez, como cinco principais pontos.
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Os atributos adequados para um do Chief Transformation Officer
Exercer o cargo de CTO requer uma experiência mais abrangente, com formações diversas. As principais qualificações exigidas são em tecnologia e gestão de negócios. É importante também saber gerir a entrega de projetos e programas. É necessário ter uma carreira sólida nas organizações que se dispuseram a transformar, tendo ocupado várias posições dentro da empresa. Nesses requisitos se enquadram a maior parte dos entrevistados pelo estudo.
Entre as qualidades desses executivos, estão os seguintes atributos: corajosos, com autoridade, convincentes, decisivos, empáticos, honestos, modestos, persuasivos, estratégicos, confiáveis, visionários. Por outro lado, o trabalho de transformação pode ameaçar objetivos da empresa em favor de ganhos futuros, mas incertos. Apesar disso, essas mudanças aumentam o desafio em prol das metas a serem alcançadas. Os CTOs que exercem com maestria suas funções entendem esses contrapostos, e se empenham para entender os pontos a serem trabalhados.
Os conflitos estão presentes na rotina do cargo, porém, cabe ao CTO saber lidar com eles e ter essa visão de transformação para um trabalho alinhado com os stakeholders e seus interesses. Os CTOs devem saber lidar com o desafio e, quase sempre, têm grande parcela do sucesso dessas transformações sob seu controle, apesar de pouco domínio direto da execução. Visionários e estratégicos, devem ter aptidão para criar e informar claramente aonde essa transformação chegará e quais serão seus resultados.
O CTO deverá elaborar mecanismos de sustentação, para não correr o risco de perder seus esforços. Esses métodos podem acontecer com apoios, e eles podem conseguir através das seguintes atitudes:
- Articulando a estrela-guia: o valor que a empresa espera criar;
- Estabelecendo um transformation office permanente;
- Praticando a transparência e encorajando o “senso de dono”;
- Montando as ferramentas para apoiar a tomada de decisão;
- Equilibrando as capacidades internas e externas;
- Engajando conselheiros confiáveis.
O que esperar do futuro?
Se em um passado recente a transformação girava em torno de implantar novas tecnologias, esse cenário mudou. Agora, o objetivo não é apenas reduzir os custos e aumentar a produtividade, mas buscar evoluir a partir de critérios de resultados estratégicos. O CTO deve ter ampla visão de futuro, e usar como ponto de partida a transformação organizacional.
Em resumo, a organização passaria por uma revolução cultural. Essa liderança deve indicar essa capacidade de mudança, com incentivo ao aprendizado constante e novas definições de como trabalhar. Aliado ao CEO, é possível planejar as mudanças e agir em prol de superar as expectativas.
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