Harris Reed é ZEO da Edelman, uma das maiores empresas de Relações Públicas do mundo. Ela luta pelo reconhecimento da beleza fluida e está na alta direção da corporação, como líder em assuntos relativos à Geração Z. O Web Summit promover um debate entre Reed e Jackie Cooper, Chief Brand Officer da mesma Edelman para mostrar o que devemos considerar no momento de colocar um jovem da Geração Z em cargo de liderança.
Não importa que nós nos assustemos com eles, que os consideremos criativos, quais as políticas corporativas para lidar com este público, o fato é que temos de nos preparar para o fato de que a Geração Z terá professores, escritores, influenciadores, políticos e gestores espalhados por todas as instituições. O que isso significa para o futuro dos negócios e da sociedade, a partir da visão fluida e provocadora de Harris Reed?
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O simples fato de uma empresa considerar a hipótese de levar uma jovem de 20 e poucos anos ao board já pode ser considerado uma excentricidade. Mas para a Edelman faz todo sentido, como forma de antecipar e compreender comportamentos imprevisíveis de uma geração distinta e cheia de peculiaridades. A situação lembra um pouco o filme “Quero ser grande”, com Tom Hanks, na qual a empresa de brinquedos contrata o jovem como consultor de sua linha de produtos.
Outro detalhe acerca de Harris Reed é que ela/ele é exemplarmente fluida, e defende vigorosamente sua identidade e atua “evangelizando” a empresa para lidar com essa característica. Harris destaca que os jovens dessa geração precisam trabalham em empresas nas quais acreditam e que possam exercer sua atividade com credibilidade.
Esse jeito de pensar pode criar disrupções profundas no mercado de trabalho e como as empresas podem aceitar e abraçar essas disrupções? Para Harris Reed, tudo se baseia em confiança, em trabalhar para uma empresa realmente autêntica e transparente, que seja tolerante e pratique a diversidade. Mas essa agenda está conectada à realidade das pessoas, na média geral? Em meio a tantas crises, inflação, desigualdade, será que as empresas devem adotar radicalmente a ideia de diversidade proposta pela Geração Z?
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Harris afirma que, se a empresa sabe que está tentando dominar a cultura LGBTQIA+, mais elas fazem as pessoas consultarem, levam as pessoas a conhecer esse tema específico, para torná-lo autêntico. As empresas estão trabalhando com sustentabilidade e com diversas questões sociais e de impacto e alcance global. E tudo isso leva as pessoas com esse conhecimento e realmente implementar a mudança.
Uma consciência corporativa diferente
A Geração Z sabe questionar tudo. Não apenas onde está um produto específico e qual é o produto principal e quem o está comprando. Uma empresa precisa considerar sobre saber, quem está na sua empresa, quem trabalha e como trabalha, qual é a sua adoção à diversidade?
São muitas questões sensíveis ocupando a agenda e que certamente irão direcionar estratégias e produtos num futuro muito próximo. Jackie pergunta se um jovem assim pode usar esse superpoder de domínio da narrativa para mudar o mundo e ajudar as empresas a perceber o potencial desse público.
“Às vezes vamos continuar a querer que você seja uma influência. E eu acho que a minha maior qualidade é olhar para a equipe e, em vez de gastar, você sabe, US$ 5 trilhões em algum jovem Hotstar, pergunto se a empresa não prefere contratar um jovem da Geração Z”, observa a ZEO.
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Bem, e como um líder pode lidar com mais essa pressão e ainda responder por resultados? A ideia central é refletir se a empresa e a liderança sentem tudo o que se está tentando vender e assim identificar verdades autênticas sobre o produto e a marca. Harris Reed afirma que faz parte de uma geração incrivelmente inteligente e que tem atitudes constantemente revisada por pares, uma busca incessante pela autenticidade da conversa.
Por isso, ter um “ZEO” na sala de reuniões significa também estar na rua e em todos os lugares entre eles, os jovens e os cidadãos e fazer perguntas. Harris Reed diz que especificamente em uma empresa de relações públicas, é importante ter consciência de que “há pessoas comprando seus produtos que vão escrever comentários em suas postagens e que vão ser as mesmas que irão compartilhar o seu conteúdo e você tem que ter um olhar 360º. Mas não se assuste. É um momento realmente emocionante com uma nova maneira de fazer marketing 360 e autêntico”, finaliza.
*A cobertura do Web Summit é uma parceria da Consumidor Moderno com Oásis Lab.
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