Recentemente, o Mercado Pago deu indícios de que pretende fechar negócio com a Meta para realizar pagamentos digitais via WhatsApp. A estratégia, divulgada pelo Mobile Time, não é exclusividade do banco digital em questão, já que muitas marcas vêm investindo na chamada “carteira digital”, como é o caso da Rede e da Cielo, que oferecem, por sua vez, operações de transferência monetária por meio do app de conversas instantâneas do grupo Meta.
Também chamada de e-wallet, “a carteira digital é um sistema de pagamentos online que utiliza a criptografia para tokenizar os dados de cartão de crédito e facilitar os pagamentos online ou até mesmo em loja física”, explica Diego Rocha, formado em Marketing e Vendas e pós-graduado em Comércio Eletrônico.
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Carteira digital realiza pagamentos, permite consultas e finaliza compras
Semelhante a uma carteira tradicional, este recurso é capaz de armazenar informações referentes aos dados bancários e realizar as transações necessárias de modo totalmente virtual, sem necessitar do dinheiro em espécie ou do cartão de crédito físico.
Gigantes como Apple Pay, PagBank, Google Pay, Paypal e Picpay dão a ver tal sistemática, já que permitem que seus clientes consultem saldos e extratos, realizem pagamentos por QR Code ou aproximação no débito ou no crédito e ainda finalizam compras pela internet através de aplicativos instalados em seus aparelhos móveis.
A revolução nas formas de pagamento trazem impactos positivos para os consumidores e empresários, segundo Diego Rocha, considerando que, para o primeiro grupo, “além de ser mais simples e seguro pagar com as carteiras digitais, tal formato possibilita descontos exclusivos e o famoso cashback. Para a classe empresarial, por sua vez, as taxas desse tipo de transação são menores, o que aumenta sua margem por transação”, discorre o pós-graduado em Comércio Eletrônico.
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Criptografia mantém segurança e impede ciberataques na e-wallet
Para além, as e-wallets prometem melhorar a experiência do cliente ao garantir uma forma de pagamento mais segura por conta do sistema de criptografia, ao mesmo tempo em que geram mais economia, praticidade e integração aos consumidores e lojistas, tendo em vista que os pagamentos virtuais são rápidos para ambas as partes e tendem a ser relativamente mais econômicos se comparados às operações tradicionais e seus juros exorbitantes.
No Brasil, a adesão por essa experiência digital têm crescido nos últimos anos, o que fez com que a nação ocupasse o terceiro lugar no ranking dos países que mais fazem uso da e-wallet, segundo uma pesquisa divulgada em agosto de 2022 pelo portal Insider Intelligence, da empresa de pesquisa de mercado eMarketer.
De acordo com o estudo, 20% dos entrevistados brasileiros afirmaram que fazem uso da carteira digital todos os dias, enquanto que 21% disseram que recorrem a ela algumas vezes por semana. Há ainda o grupo de pessoas que testam esta inovação uma vez por mês (18%) e aqueles que decidiram conhecer a ferramenta uma única vez (13%). Vale lembrar que 18% dos entrevistados declararam nunca ter ouvido falar neste termo anteriormente.
China lidera a lista dos países que mais usam carteira digital
O relatório divulgado pela Insider Intelligence revela ainda que a China ocupa o topo da lista, com 45% dos entrevistados utilizando as carteiras digitais todos os dias. Logo abaixo aparece a índia, com 35%, sendo seguida pelo Brasil, pela Espanha (9%) e pelo Reino Unido (8%). Japão, Argentina , Alemanha e Estados Unidos aparecem depois, com a média de usuários assíduos de 8, 8, 6 e 6%, respectivamente.
A posição relevante do país latino-americano no ranking global coloca em evidência a rápida adesão das marcas brasileiras pelas ferramentas tecnológicas e o investimento massivo das plataformas de pagamento no território nacional, como é o caso da Google Wallet, que foi lançada em junho de 2022 e já fechou uma parceria com mais de 40 empresas no país, como o Banco do Brasil, o Bradesco, a Nubank e a ingresso.com, empresa responsável pela venda dos ingressos do Rock in Rio.
Como implantar a e-wallet?
Por fim, é importante salientar que a implantação da e-wallet nos comércios físicos ou eletrônicos requer alguns passos básicos, como a escolha do tipo ideal de carteira para cada negócio, a seleção das formas de pagamento conforme os interesses do público-alvo e a configuração dos tokens para o recebimento dos valores.
“Cada segmento ou modelo de negócio pode ter vantagens diferentes em cada wallet. O PicPay, MercadoPago e Pagseguro, por exemplo, são e-wallets com um público maior de adeptos e usuários e podem facilitar a compra pelo consumidor. Já a carteira da Ame Digital é exclusiva do grupo B2W e possui descontos e cashback ao comprar nas lojas do grupo como Americanas e Submarino”, encerra o especialista em comércio eletrônico.
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