Não são apenas grandes empresas que reclamam do tamanho da carga tributária do País. Pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), com empreendedores com idade entre 18 e 34 anos, mostra que estrutura e carga tributária são as principais reclamações desses jovens.
Segundo a pesquisa, 43,8% dos entrevistados sentem falta de políticas públicas que facilitem o pagamento de impostos. Outros 36,3% dos entrevistados acreditam que deveria haver uma redução dos tributos e impostos cobrados de empresas que são geridas por jovens. Além disso, 39,5% dos entrevistados pedem mais cursos gratuitos para novos empresários sobre gestão, finanças, planejamento e tecnologias.
O levantamento ainda apurou que apenas 25% desses jovens empreendedores não sentiram efeitos da crise. Para 36% dos empresários ouvidos houve piora nas condições gerais do seu negócio em 2015, enquanto 21,7% notaram melhora no desempenho de suas empresas.
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A percepção negativa é mais acentuada nas regiões Sudeste (42,3%), Sul (40,4%) e Centro-Oeste (35,1%). Já os otimistas estão concentrados principalmente nas regiões Nordeste (27,9%) e Norte (25,9%). Para 38,7% dos entrevistados não houve alteração na performance da empresa de um ano para o outro.
A queda no faturamento (37,7%), diminuição das vendas (29,7%), menor margem de lucro (18,6%), dificuldade para fazer reserva financeira (12,8%), aumento da inadimplência dos clientes (11,4%) e ter de demitir funcionários (9,4%) foram os problemas mais sentidos pelos entrevistados ao longo do ano passado.
Os obstáculos enfrentados também fizeram com que alguns projetos tivessem de ser abortados em 2015, sendo que os mais citados foram a expansão das vendas (26,2%), realização de reforma (17,1%), compra de equipamentos (11,9%) e pagamento de dívidas (11,6%).
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