A Brasil Pharma, uma das maiores redes de farmácias do País, fechou o terceiro trimestre no vermelho. A empresa apresentou, entre julho e setembro, um prejuízo líquido de R$ 92,5 milhões, contra um lucro líquido de R$ 42,3 milhões no mesmo período de 2013.
O desempenho piorou mesmo com um aumento de 6,6% nas vendas brutas, para R$ 976,3 milhões. Segundo a varejista, as vendas no trimestre foram marcadas pelo enfraquecimento da demanda, influenciado pela queda na confiança dos consumidores.
Os lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) foram negativos em R$ 13,1 milhões, contra um resultado positivo de R$ 51,7 milhões um ano antes.
Embora o Ebitda tenha caído em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o desempenho foi melhor que o obtido nos dois primeiros trimestres de 2014 (resultados negativos de R$ 185,3 milhões e R$ 143,1 milhões, respectivamente), o que, segundo a companhia, deve-se à continuidade do processo de reestruturação da empresa, com foco na rentabilidade e na geração de caixa.
No trimestre foi concluída a implementação do sistema de gestão empresarial SAP e de gestão comercial na rede Mais Econômica, no sul do País. Todas as redes, exceto a Big Ben, têm hoje seus sistemas totalmente integrados.
Para os próximos meses, o foco da Brasil Pharma está na dinamização das vendas, na melhoria do mix de genéricos e não-medicamentos, nas negociações de contratos para 2015 e na otimização dos estoques.
A companhia projeta melhoria nos números nos próximos trimestres, mas a conclusão dos ajustes de rota da empresa ainda “demorará algum tempo”, de acordo com seu relatório de divulgação de resultados.
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