Você saiba que as comunidades e favelas brasileiras chegam a movimentar mais de R$ 167,8 bilhões por ano?
Isso mesmo, segundo o levantamento do Outdoor Social Inteligência, “Brasil Real”, que reúne principais dados de consumo nas comunidades brasileiras, essa parcela da nossa população é um dos grandes representantes da ativação econômica do país em diversos segmentos.
Antes de entrarmos nos principais destaques do estudo, vale mencionar que no dia 4 de novembro é comemorado no Brasil o “Dia da Favela”.
O termo Favela nasceu a partir da formação das moradias instaladas no Morro da Providência, na zona central do Rio de Janeiro, no início do século XX. O local, considerado a primeira favela do país, abrigava os soldados que lutaram na Guerra de Canudos e que, inicialmente, receberam a promessa de ganharem habitações na cidade do Rio de Janeiro quando o conflito fosse encerrado.
Como o acordo não foi cumprido, eles se instalaram provisoriamente na região. As residências até então circunstanciais tornaram-se definitivas, formando o Morro da Favela.
Favela se refere à planta curativa favela, comum na Caatinga e associada aos soldados baianos. Desse modo, quando passaram a viver no Morro da Providência, tornaram-se os “favelados”.
Brasil abriga cerca de 6.239 favelas, onde vivem mais de 11 milhões de pessoas
A maior parte do dinheiro movimentado nas favelas vai para a habitação, com mais R$ 50,1 bilhões
O real poder de consumo das favelas e comunidades
Votando aos dados analisadas pelo Outdoor Social Inteligência na pesquisa “Brasil Real”, o levantamento destaca que o Brasil abriga cerca de 6.239 favelas, onde vivem mais de 11 milhões de pessoas, que, por sua vez, movimentam bilhões de reais anualmente em diferentes setores.
Os dados demonstram como as favelas e comunidades brasileiras são grandes representantes da ativação econômica em diversos segmentos, como calçados, habitação, eletrodomésticos e eletrônicos.
Além disso, a pesquisa destaca como esses aglomerados podem ser grandes consumidores se tiverem acesso ao crédito, empregabilidade e melhores oportunidades para alcançarem a estabilidade financeira.
Em quais segmentos circula a maior parte do dinheiro dessas comunidades?
Segundo o levantamento, a maior parte do dinheiro movimentado nas favelas vai para a habitação, com mais R$ 50,1 bilhões.
Seguida pela alimentação dentro do domicílio, que ultrapassa R$ 17,1 bilhões e, em terceiro lugar, para materiais de construção, que correspondem a mais de R$ 6,5 bilhões.
Quase metade dos habitantes das favelas pertence à classe C
A renda média familiar é de até R$ 3.036,23
Média de idade é de 35 a 49 anos, e é formada por mulheres
Outros aspectos confirmados pela pesquisa foram os perfis demográficos e econômicos desses moradores. De acordo com o estudo, quase metade dos habitantes das favelas pertence à classe C, possui renda média familiar de até R$ 3.036,23, tem de 35 a 49 anos, e é formada por mulheres.
Legitimidade e potencial de consumo
Para Emilia Rabello, CEO da holding Outdoor Social, os dados sobre o poder de consumo das favelas desmistificam as percepções preconceituosas e pejorativas atribuídas a essas comunidades, abre oportunidades para criar promoções e produtos especiais para esse público a fim de desenvolver estes territórios de maneira equânime junto a economia brasileira.
“A pesquisa revela a legitimidade da Favela Real, que reflete o Brasil como ele é: tem geração de renda, possui grande potencial de consumo e movimenta a economia”, declara Emilia Rabello.
+ Notícias
Brasileiro quer crédito, mas manter controle de suas finanças