Hoje é dia de Recover Money. O evento, que chega à sua segunda edição, foi lançado em um momento crítico do Brasil: estávamos, em maio último, em meio ao processo de impeachment. A economia também não andava bem das pernas. Mas, a ousadia falou mais alto e o evento, que falava sobre recuperação, foi um sucesso. Não por acaso, estamos aqui hoje, de novo. A discussão, agora, tem mais perspectiva – reformas, recomeço, esperança, mudanças.
Jacques Meir, diretor executivo de Conhecimento do Grupo Padrão, foi quem deu início ao Recover Money neste 9 de maio. Como ele lembrou, no Simpósio A Era do Dialogo, o sociólogo Demétrio Magnoli, com muita perspicácia, colocou a questão de que nossa estrutura social e econômica criou o hábito de colocar nas costas de outros agentes – o Estado, no caso – as próprias responsabilidades. “Isso criou a Justiça Eleitoral e do Trabalho, terceirizando a mediação ao estado”, disse. Isso, de acordo com o executivo, nos coloca em constante conflito. “Ao conduzir esse processo de terceirização de responsabilidades diminuímos nossa capacidade de diálogo”, diz.
“Como criar um capitalismo de laços?”, questiona. A ideia por trás da da questão é que não há uma defesa dos processos de reforma de Brasília. “Até que ponto estamos certos em não apoiar essas decisões do governo que são tão caras para nós?”, questiona. “Por que, então, não cuidamos de apoiar essas decisões tão importantes?”.
“O objetivo do nosso evento é discutir uma agenda que, por meio da recuperação de ativos, possa mudar o país”, afirma. “Somos viciados em dívida. Eduardo Giannetti da Fonseca diz que o Brasil prioriza o hoje, não o amanhã. Mas isso virou uma conta salgada: 14 milhões de desempregados. Não há capacidade produtiva no Brasil capaz de absorver essa mão de obra”, diz. “Estamos diante de dilemas e precisamos buscar soluções para resolver”. E é para isso que o Recover Money chega a sua segunda edição: “esse evento é para quem acredita no Brasil e que se propõe a dar mais vida a ele”, conclui.