O resultado de colocar o cliente no centro das estratégias é sempre bom para as empresas. Em meio à pandemia, o Bradesco superou o Itaú, seu grande rival, ao registrar o maior lucro da América Latina entre as companhias de capital aberto. De acordo com levantamento da Economatica, empresa de dados financeiros e tecnologia, o Bradesco teve lucro líquido de R$ 6,888 bilhões no primeiro semestre de 2020, enquanto o Itaú Unibanco, que ficou em segundo lugar, registrou ganho de R$ 6,825 bilhões.
O levantamento incluiu 582 empresas de diferentes ramos de atividade que divulgaram o balanço do segundo trimestre até o dia 21. Foi levado em consideração o lucro contábil atribuído aos acionistas.
Em julho deste ano, o esforço do Bradesco em tratar seus cerca de 70 milhões de clientes como únicos, rendeu-lhe também o prêmio de melhor banco de grande porte na 21ª edição do Prêmio Consumidor Moderno de Excelência em Serviços ao Cliente. Mas não parou por aí, a corporação ganhou outras categorias importantes. Foram elas: banco digital, com o digio; cartões, com Bradesco Cartões (Amex); cobrança automática, com a Veloe; seguro de vida e benefício de convênio de saúde, ambos com a Bradesco Seguros; adquirente, com Cielo; e benefício de vale-alimentação/refeição, com a Alelo.
A estratégia do Bradesco
Após o Bradesco se sagrar campeão de tantas categorias no Prêmio Consumidor Moderno de 2020, o presidente Octavio de Lazari Junior explicou que para atender às necessidades específicas de cada cliente, o banco montou uma área de processamento de dados, de gestão de CRM, que pudesse conciliar todas as informações do cliente dentro da organização como um todo. Dessa forma, ele tem um atendimento único independente de qual das empresas da corporação ele esteja.
Em entrevista à Consumidor Moderno, Lazari disse: “Qual o foco do cliente para que eu possa atendê-lo da melhor maneira possível? A partir dessa mudança de postura, em que o banco deixa de olhar para o cliente como uma empresa e passa a olhar sob a ótica do próprio cliente, você começa a entender as suas necessidades, anseios, momentos de vida, econômicos e, portanto, pode começar a atendê-lo; desenvolver produtos e serviços que sejam necessários não só sob a ótica da empresa, mas sob a ótica do consumidor”.