Embora o nome Black Friday remeta muito mais a problemas de consumo e um sem fim de reclamações do que aos descontos (dos quais muitos desconfiam, lembram-se do mote ?pela metade do dobro??), a sexta-feira de promoções no varejo e e-commerce ainda faz muito sucesso.
Uma pesquisa realizada pelo Zoom, site comparador de preços e produtos, com cerca de 10 mil pessoas, revela que a memória do brasileiro parece ser realmente bem curta quando se coloca a palavra ?desconto? no meio.
Embora tenha batido recordes de reclamações em 2013, a Black Friday está ganhando cada vez mais força no país. 99% dos entrevistados pretendem comprar no evento, realizado dia 28 de novembro, e mais da metade (59%) confia que encontrará descontos reais.
O cenário é ainda mais otimista visto que 58% pretendem gastar mais de R$ 1.000 e 73% gostariam de antecipar suas compras de Natal. A intenção de 56% dos entrevistados é investir em um novo smartphone, 43% em uma televisão, 29% em um notebook, 23% em tênis, 21% em tablets, 20% em videogames e 18% em condicionadores de ar.
Em 2013, apenas um terço dos entrevistados compraram na Black Friday, porém mais da metade afirma que encontrou descontos reais na ocasião. Smartphones (44%), televisões (22%) e notebooks (13%) foram os produtos mais comprados por essas pessoas.
Segundo análise de tendências e buscas relativas ao evento, realizada pela Conversion, consultoria especializada em internet, o interesse dos consumidores aumentou em mais de 200% esse ano em comparação com a edição anterior. O dado é fruto de um cruzamento entre informações retiradas no Google Trends nos dois últimos mês desse ano em comparação com 2013 e o volume de negócios apurado na edição anterior do evento.
Segundo a E-bit, o alto consumo dos brasileiros na Black Friday é favorecido tanto pela proximidade do Natal quanto pelo apetite dos consumidores por descontos. A expectativa é que data vá somar 3,37 milhões de pedidos online, com tíquete médio de compra de 355 reais. “Os lojistas estão apostando na Black Friday para alavancar suas vendas neste final de ano”, afirmou o diretor-executivo da E-bit, Pedro Guasti, acrescentando que as categorias mais procuradas continuarão sendo de informática, eletrônicos, eletrodomésticos, moda e acessórios, e telefonia/celulares, em função do maior valor agregado e diversidade de ofertas.
O “Selo Black Friday Legal” foi criado pela Câmara-e.net para regulamentar empresas que realizam o Black Friday. As lojas virtuais que passarem pela a aprovação e aderirem ao código de ética se comprometem a uma série de regras, e assim recebem o selo que poderá ser visualizado em seus sites. Lojas que desrespeitarem a ação, sofrerão sanções.