Inaugurado em 2015 nas redondezas do Largo da Batata, no bairro de Pinheiros, em São Paulo, o bar Pitico mais parece um enorme quintal. No espaço, que antes abrigava um antigo estacionamento, os clientes se acomodam em bancos e cadeiras de praia espalhadas entre bananeiras, jabuticabeiras e um chuveiro para quem quiser se refrescar nos dias de calor.
O local foi concebido por quatro sócios: a geógrafa Gabriela Matos, o cineasta Thiego Montiel, o cientista contábil Maurício Cavalli e o cientista social Piero Mazzamati. Lá, estão abrigados cinco contêiners. Em um deles fica a cozinha, de onde saem delícias árabes como kebabs, faláfel e fritas com zaatar. Os outros contêineres contemplam um bar para a preparação de drinks como Aperol Spritiz e Mojito, um ponto para a retirada de cerveja e um escritório. O quinto e último acomoda o Quitandoca, local que vende alimentos agroecológicos.
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“Queríamos construir um lugar democrático, despretensioso e sem uma etiqueta velada a ser seguida”, disse Montiel. E é isso que se vê em cada canto do bar, frequentado tanto por grupos de jovens como por executivos e famílias com crianças pequenas.
O quarteto, que têm outras três casas na mesma rua, também adota como política a contratação de imigrantes e parcerias com a prefeitura para ajudar a revitalizar a região. “A nossa ideia sempre foi criar um modelo de convívio em uma cidade absolutamente opressiva”, disse Montiel em uma roda de conversa com participantes do Whow! Pela quantidade e diversidade que pessoas que circulam pelo bar, eles têm conseguido cumprir esse papel.