Aquele azeite extravirgem que custa muito caro é o melhor tempero para salada, certo? Bem, depende… se ele for mesmo tudo o que promete, né? A Proteste Associação de Consumidores realizou um novo teste com 20 marcas de azeite. Segundo nota divulgada pela associação, os resultados são decepcionantes: apesar de todas as nossas denúncias, ainda há fabricantes colocando nas prateleiras produtos adulterados. De 20 marcas testadas, 4 foram eliminadas, e outras 4 não são indicadas para compra.
Em quatro marcas haviam indícios de outros óleos vegetais adicionados, ao invés de apenas a gordura proveniente da azeitona, colocando em risco uma das propriedades primordiais do azeite: favorecer a saúde.
São reincidentes os fabricantes dos azeites Figueira da Foz, Tradição e Quinta d`Aldeia. Essas mesmas marcas haviam sido denunciadas em 2013, pela mesma irregularidade. A eles se juntou o Pramesa, que , no último teste, não havia sido eliminado. Vale lembrar que misturar outros óleos no azeite não é permitido por lei.
Já os azeites da Qualitá, Beirão, Carrefour Discount e Filippo Berio, embora tragam a palavra extravirgem na embalagem, foram apontados como virgens na análise sensorial. Isso significa que, na hora da compra, você paga mais caro por um extravirgem, mas leva um produto diferente para casa.
Segundo essa avaliação, 7 marcas não poderiam ser classificadas como extravirgens: quatro são virgens (Qualitá, Beirão, Carrefour Discount, Filippo Berio), e três lampantes (adequados somente para uso industrial devido à alta acidez): Figueira da Foz, Tradição e Quinta D’Aldeia.
A Proteste lembra que isso é crime de consumo, já que os fabricantes infringem o Código de Defesa do Consumidor e outras legislações.
Boas notícias
O teste também traz novidades boas ao consumidor: 5 azeites que haviam sido avaliadas como virgens, em 2013, agora apresentaram um azeite melhor, de fato extravirgem. Foram os casos de La Española, Carbonell, Serrata, Gallo e Borges.
A melhor notícia é que o produto mais bem avaliado pelo teste nem é dos mais caros: o Cocinero foi indicado como autêntico azeite extravirgem, com excelente qualidade, apesar de sua embalagem de plástico (garrafas de vidro escuro tendem a conservar melhor o alimento). O ponto negativo é o rótulo que precisa de adequações, uma vez que não informa a data de envase do produto.
As marcas testadas foram Andorinha; Beirão; Borges; Carbonell; Cardeal; Carrefour; Cocinero; Figueira da Foz; Fillippo Berio; Gallo;La Espanhola;La Violetera; O-Live; Pramesa; Qualitá; Quinta da Aldeia; Renata; Serrata; Tradição e Taeq.