Quando compramos um produto, geralmente temos que pagar a taxa de entrega pelo frete – o que, dependendo do item e da distância, pode encarecer bastante o preço. Infelizmente não é possível cortar essa etapa do processo, mas graças à tecnologia, não dependemos mais das empresas de logística. Foi pensando em entregas dentro do Brasil que os empreendedores João Paulo Albuquerque e Marlon Pascoal criaram o aplicativo Cabenocarro.
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Trata-se de uma plataforma de entregas colaborativas, que além de reduzir os custos com logística, auxilia os viajantes que estão em busca de uma renda extra. Para tornar-se um entregador, basta fazer o cadastro no site e informar dados como documentação do veículo e CNH.
Uma vez que o cadastro tenha sido aprovado, o motorista pode escolher as entregas que deseja fazer de acordo com o seu percurso – seja entre cidades ou estados. “O indivíduo escolhe a solicitação que se encaixa ao caminho de sua viagem e ainda levanta um dinheiro a mais”, explica João Paulo Albuquerque, CEO da empresa.
O serviço estima que é possível reduzir os custos da entrega em até 60%, dependendo do trecho escolhido. É necessário que o usuário detalhe o objeto que precisa entregar, origem, destino, tamanho e descrição do item. Os usuários que enviarão suas entregas por meio de viajantes ainda contam com um seguro de até R$ 2 mil. O serviço tem versões para Android, iOS e web.
Entregas de produtos vindos do exterior
Para entregas entre países, existe o aplicativo Grabr, lançado em janeiro de 2016 por Daria Rebenok and Artem Fedyaev, ambos empreendedores do Vale do Silício. Como nenhum dos dois são nativos dos EUA, eles sentiam falta com frequencia de produtos de suas cidades de origem.
Para resolver isso, foram procurar um meio que permitisse que um viajante realizasse as entregas. Ao perceber que um aplicativo assim ainda não existia, decidiram começar a empresa. O que inicialmente era um projeto paralelo, deu tão certo que transformou-se no projeto principal de ambos.
Além de conseguir itens de outros países, os fundadores perceberam um grande filão de mercado: a falta de uma logística internacional bem desenvolvida. Embora seja muito fácil receber entregas nos EUA, o mesmo não ocorre em outros países. Mesmo gigantes como a Amazon não conseguem entregar com a mesma rapidez em outros países – e quando conseguem cobram muito caro por isso, até por conta de restrições tarifárias.
O viajante precisa adquirir o produto com o seu próprio dinheiro, independentemente do custo. Ele só vai receber o dinheiro apór ter entregue o item, depois que o comprador tiver comunicado a entrega pelo app.
Por conta disso, a empresa diz que se trata apenas de uma venda feita em segunda mão, como a de um item usado, o que não poderia ser enquadrado como contrabando. Por enquanto, a única coisa que não é indicado é o envio de comida, já que é dificil manter a qualidade.