Quais os prejuízos desencadeados pela pandemia nos negócios? Apesar de os veículos serem uma opção individual segura durante a pandemia, houve uma desaceleração, especialmente no início do isolamento social, em serviços de mobilidade urbana.
Esse contexto foi considerado no painel “Atravessando a turbulência: como liderar o negócio para chegar ao Oceano Azul”, no qual o CEO da Localiza, Eugênio Mattar, falou sobre os desafios vividos este ano. Uma das empresas referência no mercado de aluguéis de automóveis no Brasil e na América Latina, presente no Brasil há mais de 47 anos, a rede atua 608 agências em cidades e aeroportos do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai e Uruguai.
Mattar relata que a indústria e o negócio começaram a sofrer grandes impactos no momento em que os aeroportos foram fechados e as atividades dos motoristas de aplicativos foram encerradas. “Fora do Brasil empresas tiveram danos severos mas, por prudência, a Localiza sempre teve uma posição de caixa confortável e não focamos em um só segmento”, afirma. “Isso ajudou a abrandar o impacto no nosso negócio”, completa o executivo.
De acordo com o CEO da Localiza, o cenário teve de ser repensado para que o negócio se adaptasse ao novo normal. “No primeiro momento, fizemos um programa de gestão de crise, por meio do qual trabalhamos uma resposta rápida, depois fizemos um plano de sustentação e já estamos na fase três de retomada, pensando em entrar na fase quatro, que seria a aceleração”, diz.
Ao passo que a digitalização se apresenta com maior intensidade após o surgimento da pandemia, Maia destaca que o cenário de readaptação motivou a organização a potencializar o lado digital do negócio, a fim de garantir uma interação melhor com o cliente. “Uma das nossas primeiras medidas foi dar um ‘up’ na nossa ambição digital que se baseia numa melhor interação com o cliente no aplicativo ou no site, simplificar operações, ter mais produtividade, racionalizar processos”, explica.
Mattar destacou seis fatores que moldaram a empresa para a retomada no mercado: o cliente, a eficiência em curso, produtividade, resultado, engajamento do time e confiabilidade técnica. “Enquanto o mundo da lá fora utilizava pouco os carros, nós nos voltamos para dentro a fim de preparar a empresa com uma solução melhor para um futuro em que, após a COVID-19, estaremos fortes e preparados com uma solução melhor para nossos clientes”, esclarece.
Ao final da conversa, ele ainda pontua os aprendizados garantidos diante da crise durante o isolamento social, ressaltando a importância da cultura organizacional do negócio. “A cultura da companhia é muito importante, mas isso reforçou o cuidado que teremos que ter daqui para a frente. Crescer é importante mas, se o crescimento acontecer de forma desordenada, sem cuidar da cultura, pode se perder quando vier uma crise”, diz o executivo.
“Estamos muito confiantes por estarmos encontrando um mar de novas oportunidades. Nesse momento de turbulência podemos identificar os bons marinheiros”, conclui.
+ NOTÍCIAS
Somos 4.0: a evolução do modelo de relacionamento com o cliente
Os dilemas da transformação digital
Empresas que se transformaram para enfrentar e vencer a crise