Na última semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cancelou o registro do antisséptico bucal DetoxPro Dentalclean, que chegou às farmácias em dezembro com a promessa de reduzir em mais de 95% a carga viral do novo coronavírus.
De acordo com o órgão, não houve a “comprovação de eficácia como uma possível barreira à proliferação do SARS-CoV-2”.
Desde o início da pandemia, existem marcas de antisséptico bucal que têm feito propaganda do uso dos produtos para o combate ao coronavírus, embora não exista uma comprovação científica de sua eficácia em seres humanos.
Segundo informações do jornal O Globo, de fato, ocorreu um estudo com antissépticos bucais em laboratórios na Alemanha com cultura de células que imitam secreções nasais. Em um primeiro, houve inativação do vírus na boca, mas isso não interferiu na proliferação de células infectadas.
O outro lado
A Dentalclean, de Londrina, afirma que o produto era comercializado como uma solução “capaz de inativar, acima de 96%, a proliferação do vírus que causa a Covid-19 na boca”. A empresa, inclusive, anunciou planos de lançar outros produtos com a mesma tecnologia, como gel dental e spray bucal, e previa produzir 4 milhões de unidades por mês.
Em nota, a empresa afirmou que entrará com novo pedido de registro “esclarecendo pontos e atendendo todas as exigências da Anvisa” e diz ter realizado seis estudos “envolvendo laboratoriais, séries de casos e estudos clínicos randomizados triplo cego”.
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