O Brasil tem cinco cidades entre as 227 com maior custo de vida. Ranking da Mercer revela que São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília são os três municípios mais caros para viver no país. Porém, no ranking geral, há locais mais caros na América Latina – Nassau, nas Bahamas, entra inclusive no top 10 global.
O relatório também mostra que houve um salto expressivo do custo de vida nas cidades da América Latina. A maioria delas subiu diversas posições na lista geral. São Paulo subiu 16 posições, Rio de Janeiro, cinco, e Brasília 12. No restante do continente, o aumento é mais significativo – Montevidéu, no Uruguai, subiu 69 posições (está no 4º lugar do ranking racional), e Santiago, no Chile, subiu 43.
Leia mais: Custo de vida varia até 51% entre uma cidade e outra no Brasil
Inaê Machado, Líder de Mobilidade para o Brasil e Co-Líder do Centro de Interesse para América Latina da Mercer, explica alguns motivos desses aumentos: “É importante lembrar que a inflação e o câmbio impactam diretamente na comparação do custo de vida entre as cidades. O cenário regional reflete um aumento da inflação, o que cria maior pressão para determinar adequadamente a remuneração dos trabalhadores internacionais que trabalham em diferentes localizações geográficas”. Além disso, o aluguel brasileiro aumentou pelo sexto ano consecutivo, influenciando diretamente no ranking.
Os maiores custos de vida do mundo
Os primeiros lugares do ranking tiveram pouca variação. Hong Kong (1) segue como o lugar mais caro de se viver, seguido por Singapura (2), que em 2022 ocupava o sexto lugar. Isso mostra a diferença social na Ásia, já que as duas cidades mais baratas do ranking, Karachi (226) e Islamabad (227), também estão no continente.
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No top 10, cinco cidades são europeias – e, destas, quatro são da Suíça: Zurique (3), Genebra (4) e Basileia (5) e Bern (7). Copenhagen, na Dinamarca, aparece em nono lugar.
Completam o ranking uma cidade dos EUA, Nova York (6), e uma do Oriente Médio, Tel Aviv (8), em Israel.
Motivos de crescimento do custo de vida
Tanto em 2022 quanto 2023, os motivos do aumento de custo de vida são semelhantes. A inflação é um dos principais fatores – houve, a partir da Pandemia e Guerra na Ucrânia, um aumento mundial de preços que não se estabilizou desde então. Além disso, ambas situações mexeram com a taxa de câmbio, e esta gerou flutuação na remuneração e economia locais e globais.
O relatório analisou o preço de 200 itens entre bens de consumo e serviços, incluindo habitação, transporte, alimentação, entretenimento, etc; 227 cidades foram organizadas em ranking e este foi comparado com dados do ano anterior para entender a flutuação.
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