Em uma iniciativa para combater a venda de produtos falsificados, o Alibaba, maior varejista on-line da China e um dos maiores marketplaces do mundo, anunciou uma tecnologia baseada em QR Codes (códigos de barras bidimensionais que podem ser lidos por smartphones) para ser usada na etiquetagem dos produtos, como uma espécie de selo de autenticidade emitido pelos vendedores.
O anúncio ocorre na esteira da queda de capitalização de mercado da empresa por causa de produtos fake, uma crise que culminou, nesta semana, com uma ação movida pelo conglomerado de luxo Kering (controlador da marca Gucci), que acusou o Alibaba de cumplicidade na venda de produtos pirata em seu site. A varejista considera a acusação ?infundada? e uma ?disputa desnecessária?. Desde novembro, a cotação das ações da empresa caiu 30%, chegando ao menor nível desde o IPO da companhia, em setembro. Neste mês, a Sephora, marca de cosméticos do grupo de luxo LVMH, escolheu a JD.com (rival da Alibaba) como base para sua primeira loja on-line na China, dizendo que a decisão deve-se, em parte, às preocupações a respeito de produtos falsificados.
Marcas globais são o alvo da plataforma de QR Codes do Alibaba, chamada Blue Stars e desenvolvida pela Visualead, empresa israelense adquirida pela gigante chinesa no início do ano. O sistema, gratuito, permite que as empresas desenvolvam ações de marketing, rastreiem vendas e combatam a pirataria. Os fornecedores poderão gerar códigos seguros para cada item colocado à venda, colocá-los nos produtos e usar o app mobile da Taobao ou da Tmall.com (empresas do grupo Alibaba) para escanear os códigos e determinar a autenticidade dos produtos. Os códigos poderão contar com os logotipos das marcas e outros recursos para torná-los visualmente interessantes.
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