Não existe empresa competitiva sem um bom planejamento financeiro e caixa. Mas será que existe uma boa experiência do cliente com uma marca sem um bom planejamento financeiro e caixa também?
A aplicação e o acompanhamento do planejamento financeiro podem afetar diferentes áreas de uma empresa e, sim, isso tudo está diretamente ligado à relação dessa empresa com a experiência de seus clientes com a marca.
Guilherme Carrara, CFO na AeC, é um dos que acredita que planejamento financeiro robusto faz com que todas as áreas de uma empresa se beneficiem, inclusive em Customer Experience. O executivo, com mais de 20 anos de experiência em diversas multinacionais, entende planejamento financeiro molda não apenas cenários empresariais positivos e negativos, mas, sobretudo, o relacionamento da empresa com seus clientes.
“O planejamento financeiro deve refletir em números financeiros todos os cenários avaliados, alinhando os fatores externos à empresa como o cenário macroeconômico global, local e político com as premissas internas de crescimento, nível de investimento, satisfação do cliente entre outros”, diz Carrara.
Para o executivo, 2023, traz períodos desafiadores. “O mundo inteiro está crescendo menos do que crescia anteriormente, por isso é fundamental traçar um bom planejamento financeiro, bem detalhado e conjugando vários cenários”, avalia Carrara.
Carrara conta que na AeC são realizados cenários estratégicos em ciclos, porém, o ano de 2023 está sendo detalhado de forma mensal. “Este exercício de elaborar os cenários possíveis é muito interessante porque nos obriga a pensar ‘fora da caixa’. Sempre que vamos adicionando os cenários, com base nas premissas definidas, vão surgindo várias outras ideias e oportunidades”, explica.
“Cultura de caixa é quando todos entendem para onde a empresa está seguindo e como suas ações estão refletindo e impactando diretamente a organização”
Criando uma “Cultura de Caixa”
Além disso, Carrara destaca que é extremamente importante ter uma “Cultura de Caixa” muito forte e permeado toda a organização. “Cultura de caixa é quando todos entendem para onde a empresa está seguindo e como suas ações estão refletindo e impactando diretamente a organização. É importante pensar no caixa como forma de propiciar o desenvolvimento para pessoas e stakeholders”, diz o CFO da AeC.
Sobre as melhores estratégias para esse caminho, Carrara diz que disciplina é a palavra-chave. “É necessário sempre rever, de forma constante, aquilo que foi planejado, e adequar às novas situações. O mercado é muito dinâmico, seja o externo ou local, então, existe um plano, existem cenários e sempre deverá haver uma diligência e uma disciplina para olhar aquilo que foi planejado e verificar se a realidade está refletindo o mesmo. Caso contrário, é necessário fazer uma ‘revisão de rota’. Hoje, a velocidade em acompanhar, decidir e agir é o grande diferencial”, comenta Carrara.
“Trabalhamos para que os clientes sempre vejam a empresa e sintam ela como um grande parceiro, entregando os melhores resultados possíveis. Então, é totalmente vinculado o planejamento financeiro e caixa com a experiência do cliente”
Experiência do cliente impactando o planejamento financeiro e vice-versa
Um ponto interessante, mencionado no início, é sobre como o planejamento financeiro também impacta a experiência do cliente com uma empresa. Para Carrara, esse ponto nunca deve estar desvinculado das diretrizes de uma organização.
“O planejamento financeiro e o caixa estão totalmente vinculados com a experiência do cliente. Inclusive, na AeC, priorizamos muito a experiência do cliente e este é um dos fatores centrais do nosso crescimento”, destaca o executivo, que complementa: “O combustível do crescimento para proporcionar uma experiência diferenciada ao cliente, e para oferecer cada vez mais novas soluções e novas tecnologias, é um bom planejamento financeiro”.
Por fim, Carrara completa dizendo que para os momentos de incertezas um bom planejamento financeiro protege o valor de marca. “No momento que a empresa tem um caixa suficiente ela pode aproveitar oportunidades e, mesmo em momentos de turbulência e incertezas, o cliente não percebe, pois a empresa consegue manter o mesmo nível de satisfação e o mesmo nível de qualidade no atendimento”, define Carrara.
“Nós sempre trabalhamos para que os clientes vejam a empresa e sintam ela como um grande parceiro, entregando os melhores resultados possíveis. Então, é totalmente vinculado o planejamento financeiro e caixa com a experiência do cliente”, conclui o executivo da AeC.
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