Da grande a pequena empresa, fazer o chamado marketing digital se tornou essencial, principalmente em tempos pandêmicos, onde o consumo digital ganha proporções cada vez mais robustas. E, para colocar isso em prática da melhor maneira, o suporte especializado, a tecnologia e a estratégia das adtechs podem fazer a diferença.
Contudo, é muito importante diferenciar as agências de marketing, comunicação ou propaganda das adtechs. O termo adtech parte de um conceito que abrange todas as tecnologias utilizadas para analisar, gerenciar campanhas publicitárias e monetizar espaços em mídias digitais, mensurando as campanhas para agências e anunciantes.
Ou seja, o foco do trabalho é a publicidade online e para isso é preciso que a organização já possua uma presença digital mínima estabelecida, tenha um site, perfis nas redes sociais, produza conteúdo, etc.
Google e Facebook, por exemplo, são referências em tecnologias de compra e venda de mídias através do Google Adwords e do FaceAds. Com essas soluções, é possível construir uma visão macro sobre as ações de publicidade de uma marca e controlar todos os seus pontos de uma forma muito mais eficiente, gerenciada por todas as partes envolvidas nas campanhas.
A evolução das adtechs
Hoje, por meio de uma adtech, as agências criam um banco de dados para seus diferentes clientes, a fim de aproximá-los de seu público-alvo, obtendo mais benefícios com a implementação de uma publicidade mais inteligente. Mas, nem sempre foi assim.
Segundo Bruno Pinheiro, CEO da Be Academy e especialista em Marketing Digital, há 15 anos, se algum especialista em marketing digital oferecesse para seus clientes campanhas digitais em sites ou buscadores, por meio de anúncios, ao invés de anúncios publicitários em revistas, com certeza as empresas iriam declinar. “A cultura de investimento online se resumia a banners em sites e por um custo ridiculamente baixo. Ninguém queria investir por não acreditar no retorno de investimento ou mesmo desconhecer o valor mensurável daquela ação”, afirma.
“Alguns anos passaram, e o modelo de anúncios online começou a atrair a atenção das marcas, de acordo com o tráfego dos sites e redes sociais. Entretanto, agências de marketing e publicidade, acostumadas com campanhas e anúncios em meios impressos e eletrônicos, começaram a quebrar a cabeça. Investir em ads online não se resume apenas a criar campanhas no Google ou Facebook. É algo muito mais complexo e estratégico”, explica Bruno Pinheiro, também autor do livro “Empreenda sem fronteiras, um guia sobre marketing digital”.
Conforme a demanda crescia por parte das empresas, uma nova geração de profissionais especializados em campanhas digitais surgiu. Hoje, ganharam seu espaço no mercado e conseguem trazer performances digitais bastante significativas para os clientes.
Adtech como promotora do marketing digital
Uma ação de marketing digital pode ter uma adtech como parte do projeto, mas uma ação de adtech não pode ter uma ação inteira dentro de seu projeto. Isso porque o marketing digital envolve várias soluções, como produção de conteúdo, automação para marketing de vendas, estratégia de SEO, mobile marketing, realização eventos digitais, entre outros.
Já a adtech vai buscar otimizar as campanhas de anúncios digitais, performance, redução de custos por clique, público alvo, engajamento, etc. “A partir do momento que uma empresa já esteja minimamente estruturada digitalmente, com um site responsivo, conteúdo digital e redes sociais ativas, a partir daí entram as adtechs, com o propósito de otimizar vendas de produtos, serviços ou mesmo ampliar o engajamento com o público-alvo”, pontua Bruno Pinheiro.
Overview do mercado
Para Bruno Pinheiro, o cenário das adtechs é bastante promissor, pois as empresas entenderam que crescer ou ampliar autoridade e vendas de forma orgânica é quase impossível. Para ele, podem existir algumas exceções no início, mas para manter-se no topo é necessário investir em campanhas digitais.
“Dados da Crunchbase dizem que o Brasil possui quase 500 adtechs. Em um universo de quase 20 milhões de empresas ativas no país, podemos dizer que existe um oceano azul de oportunidades para as adtechs, onde somente os melhores conseguirão se destacar”, sentencia Bruno Pinheiro.
Isso porque, de alguma forma, toda empresa consome algum tipo de serviço que uma adtech oferece. Seja para analisar dados, anunciar mídia ou elaborar uma estratégia de comunicação. Não é à toa que o Distrito mapeou em seu estudo Distrito AdTech & MarTech Report que 98% das startups analisadas atendem o público B2B.
Das startups mapeadas pela organização, 28% são relacionadas à Comércio & Vendas, seguida por Publicidade & Promoção com 27%. Em terceiro lugar estão as startups de Relacionamento e Mídia Social, com 22% e Conteúdo e Experiência, com 21%.
4 motivos para investir em uma adtech
Se a empresa possui uma presença digital consolidada e atrai um público nos seus canais virtuais investir em anúncios através de uma adtech pode alavancar os resultados da organização. Confira:
Comunique mais, venda mais: com a otimização dos anúncios e das campanhas online, a empresa vai atingir mais pessoas, assim como convencê-las para uma possível compra.
Mais dados para guiar decisões: com os dados disponíveis em relatórios, é possível monitorar os anúncios, possibilitando ajustes específicos nas estratégias, mudando o que não está rendendo bons resultados, por exemplo.
Uma marca bem lembrada: o uso adequado de anúncios ajuda a gerar reconhecimento de marca, tornando a empresa mais conhecida e associando-a à solução dos problemas, ganhando mais credibilidade e autoridade com o público.
Gaste menos para anunciar: a automação e a diversidade de espaços para anunciar que as adtechs oferecem permitem a redução de custos com os anúncios, possibilitando um melhor gerenciamento dos anúncios online, com mais inteligência e precisão.
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