Ao assumir um projeto internacional, o primeiro desafio de Camila Salek, diretora da empresa de visual merchandising Vimer, é balancear a política e identidade da marca com pitadas de cores e detalhes mais locais, para dar uma cara mais tropical. ?Em todos os casos seguimos um guideline, mas propomos pequenas adaptações?, ressalta.
Foi assim com a loja da Marc Jacobs, no Shopping Iguatemi, em São Paulo, por exemplo. A Vimer sugeriu e a marca topou: durante três dias o artista gráfico Vitor Rolim, participou de uma intervenção artística na vitrine, criando e interagindo com o público (veja o vídeo abaixo). ?Foi a primeira vez que a marca fez algo do tipo, mas a recepção foi tão boa que a ideia foi replicada nos Estados Unidos com um artista local de grafite?, comenta Camila.
Para a Burberry, a Vimer segue à risca a lista de fornecedores cadastrados pela marca londrina. Nenhum display ou mobiliário pode ser encomendado fora deste padrão ou lista pré-aprovada. O rigor é altíssimo. ?Levamos dois anos discutindo os detalhes de VM da marca no Brasil?, relembra.
A Vimer, que também presta serviços para outras marcas nacionais como Grupo Paquetá (detentora de Capodarte, Dumond e Ortopé) e C&A, está agora envolvida no desenvolvimento de um aplicativo para rodar em tablet que irá auxiliar o treinamento da equipe de loja na manutenção do visual merchandising. O app traz vídeos (veja aqui) de desfiles, fotos de tendências em materiais, texturas, e um manual de VM com dicas de harmonia de cores, montagem de vitrines etc. ?A intenção é que os vendedores naveguem pelo app e conheçam mais sobre VM, tornando mais fácil algumas adaptações na loja?, diz.