A Enel apresentou hoje, na Expo Milão 2015, o projeto arquitetônico da casa do futuro que a empresa começará a construir no Brasil ainda neste ano, como parte do projeto NO.V.A. (Nós Vivemos o Amanhã). Esta é a primeira vez que uma iniciativa de crowdsourcing foi usada para ajudar a construir uma casa do futuro, com ideias coletadas por meio do site.
Crowdsourcing é o modelo de produção que utiliza a inteligência e os conhecimentos coletivos e voluntários
A construção da casa deve terminar antes dos Jogos Olímpicos do Rio em 2016. Uma vez concluída, será a primeira casa do futuro no mundo que funcionará como um ?living lab?, onde as pessoas cooperarão com o projeto vivendo no local e testando diariamente as soluções inovadoras. As tecnologias e seus impactos na vida cotidiana e nos hábitos de consumo dos moradores serão constantemente monitorados, com o objetivo de aprimorar as soluções oferecidas pelo projeto.
?Precisamos entender como será a relação dos nossos clientes com o consumo de energia no futuro. Por isso, adotamos um enfoque em inovação aberta para um entendimento sobre o consumo inteligente?, ressalta o responsável pela Enel Brasil, Marcelo Llévenes.
?Usaremos as respostas de quem for morar na casa para aprender mais sobre como as tecnologias inovadoras disponíveis atualmente podem ser usadas para servir às pessoas. Nós também teremos a oportunidade de testar soluções que ainda não estão no mercado. Este é um projeto muito emocionante?.
Confira no vídeo abaixo como funciona a plataforma.
Desde novembro, pessoas de todo o mundo usaram a plataforma online do NO.V.A, para discutir como deveria ser a casa do futuro. Foram cerca de 200 mil acessos de 106 países. 23 mil visitantes únicos interagiram com a plataforma compartilhando ideias e informações. Quatro mil ideias cadastradas foram avaliadas por um comitê técnico e as melhores foram incorporadas ao design, após a avaliação do comitê.
O projeto arquitetônico da casa foi desenvolvido no Brasil pelo escritório de arquitetura Studio Arthur Casas. ?Este projeto nos deu a incrível oportunidade de projetar uma casa que gera mais energia do que consome?, disse o arquiteto Arthur Casas. “Também nos fez reavaliar espaços domésticos em linha com as necessidades impostas pela sociedade moderna?.
Uma característica importante da casa é que ela pode tomar decisões por si só. Um conjunto de sensores e equipamentos de controle remoto, por exemplo, permitirá que as janelas se fechem quando a chuva se aproxima ou que os bombeiros sejam alertados se o sistema detectar um princípio de incêndio. A casa também terá aparelhos de controle remoto inteligentes que poderão decidir os melhores momentos do dia para serem usados, tornando o uso de energia mais eficiente.
A casa será autossuficiente em energia e funcionará como uma microrrede, produzindo cerca de 105% de sua demanda graças à energia solar gerada por painéis instalados no telhado. A energia excedente poderá ser armazenada em baterias de alta capacidade ou transferida para a rede de distribuição local, aumentando a produção e o consumo de energia limpa.
A construção reduzirá em até 85% o volume de resíduos e em 80% a emissão de carbono em comparação com uma casa convencional do mesmo tamanho (cerca de 375 m²). O projeto também usará materiais inovadores, como madeira com alta capacidade de isolamento térmico e tintas antichamas com capacidade de isolamento acústico. A estrutura da casa será formada por módulos pré-fabricados, que reduzem o tempo de construção, o uso de água e de materiais convencionais, como argamassas, mais agressivos ao meio ambiente.
As tecnologias planejadas para equipar a casa refletem o pioneirismo do projeto:
*Ela será autossuficiente no uso de água. A captação de água da chuva reduzirá o risco de inundações. Todos os efluentes, incluindo esgoto, serão tratados e reutilizados;
*Os equipamentos inteligentes medirão o consumo de água, energia e gás em tempo real;
*A casa será integrada com dispositivos de monitoramento de saúde dos moradores;
*Janelas feitas com vidros autolimpantes vão escurecer ou clarear de acordo com a claridade do sol;
*O piso usará passos para gerar energia;
*O sistema de refrigeração inteligente evitará o uso de ar-condicionado;
*Bancadas interativas serão equipadas com acesso à internet;
*TVs transparentes serão instaladas;
*Um biodigestor produzirá gás a partir de resíduos orgânicos, para ser usado na cozinha.
A casa também terá uma horta orgânica que cobrirá uma área de até 1.000 m² para produção de alimentos. Além disso, o projeto foi desenhado para que não seja necessário o uso de energia elétrica durante o dia.
O NO.V.A. também está aberto a outros possíveis parceiros, que poderão testar novos produtos e serviços. A Prátil, empresa da Enel Brasil que atua em geração distribuída, testará na casa soluções inovadoras para geração distribuída e sistemas de armazenamento, assim como soluções em eficiência energética.
Esta segunda fase do projeto, após o lançamento da plataforma do NO.VA em novembro de 2014, será coordenada pela distribuidora de energia elétrica Ampla, subsidiária do grupo Enel no Brasil que é responsável pela projeto NO.V.A., e por duas instituições de ensino parceiras: a Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A casa do futuro da Enel Brasil também será a primeira construção na América do Sul a concorrer à certificação Living Building Challenge (LBC), selo internacional com padrão de desempenho rigoroso que certifica edificações de todas as escalas que operam de forma limpa e responsável com o meio ambiente.
Fonte: Assessoria de Imprensa Enel Brasil.