Acordo com o despertador do celular me avisando que uma ambulância está a caminho e quais procedimentos eu devo tomar. Todas as luzes ligaram. Minha roupa continua monitorando meus batimentos e temperatura corporal. O ar-condicionado já foi regulado conforme indicação médica para os sintomas que o meu corpo reporta.
Uma ambulância já recebeu a mensagem de onde deve ir, qual a melhor trajetória e procedimentos realizar durante o transporte. O hospital indicado já me espera com o meu prontuário médico, equipe, equipamentos e suprimentos necessários para o atendimento. Minha família já foi informada do que está acontecendo. O meu plano de saúde já está providenciando as autorizações necessárias.
Você gostaria de poder usufruir de um serviço como este? Seu cliente demandará um padrão de serviço como este no futuro? O quadro acima é o que vários pensadores sobre uso de tecnologia preveem para não mais que quatro anos. Ou seja, o cenário de hoje com o de 2020 será bem diferente e este pode ser considerado um exemplo claro do uso da Internet das Coisas com o desenvolvimento de negócios digitais, que compartilham o uso de informações e ativos.
No caso acima temos a roupa com sensores (wearables) que captura e compartilha informações não somente com um ponto, mas com vários outros equipamentos (smartphone, ar-condicionado, iluminação, etc). Isto é o que chamamos de comunicação Machine to Machine (M2M). O serviço de monitoramento da minha saúde recebeu também as informações dos sensores e, por script automatizado, já solicitou uma ambulância ao UBER Ambulance que, por sua vez, apontará qual é o veículo mais próximo e com as condições para atender os procedimentos de urgência necessários. O Uber Ambulance é um novo negócio digital.
A previsão é termos 50 bilhões de dispositivos conectados por M2M em 2020, trazendo para a sociedade novos comportamentos de hábito, consumo e novas maneiras de relacionamento com o mercado. Esta nova realidade é muito atraente para a ampliação e desenvolvimento de novos negócios físicos e digitais, além de ser um caminho interessante para novos empreendedores desenvolverem grandes negócios.
Mas como analisar dados real-time e ter uma visão holística do negócio? Para iniciar um processo de mobilidade nas indústrias, a Internet das Coisas se faz necessária, com o auxílio de um de seus componentes chamado Business Intelligence aplicado aos negócios, responsável por conectar muito mais que os sistemas tradicionais ERP. O Analytics transita em todos os setores da IoT para a Indústria, impulsionando as verticais: TI e Telecom.
Como já sabemos, a curva de crescimento da geração atual de dados nada mais é do que uma progressão geométrica. Considerando a geração de dados das ?coisas?, teremos um novo fator de aceleração. Precisamos ser capazes e competentes para analisar o fluxo crescente de dados e encontrar novos padrões de crescimento e ruptura, pontos de correção de curso, etc. Isso será imprescindível para ser competitivo e até desenvolver novas ofertas. A plataforma tecnológica para atender a esta demanda é o Analytics, que já está à disposição das empresas de qualquer porte e provido por diversas empresas de tecnologia.
Assim como a Internet das Coisas está literalmente ligada à saúde e bem estar dos usuários, o Analytics está ligado diretamente à capacidade de analisar dados de qualquer coisa e converter em mensuração assertiva para a saúde dos negócios. Espero que a sua empresa não precise ser socorrida por uma ambulância no futuro. Por isso que temos orientado nossos clientes que, como parte dos seus planejamentos estratégicos, desenvolvam sua capacidade e competência de usar Analytics, avaliem o potencial de desenvolver novos negócios digitais e façam um mapa de oportunidades de ganhos de eficiência com a utilização da Internet das Coisas.
*Allan Pires é CEO da multinacional dinamarquesa Targit e CEO da PA Latinoamericana
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