Qual a ordem correta para a inovação? Da empresa para o cliente ou o contrário. No passado, a ordem era de dentro para fora. No entanto, a digitalização do mundo transformou definitivamente essa lógica. O consumidor dita as regras, inclusive na inovação.
Esse foi o ponto de partida do painel “Inovação a serviço e a partir do consumidor. Um debate sobre a criação de culturas inovadoras nos negócios”, do Conarec. Marco Lupi, diretor geral de business da Almaviva Brasil, explicou que vivemos um momento importante e único. É a época digital, que vai demandar mais do que esforço das empresas. Será preciso muito investimento. “Precisamos mudar para um mundo digital. Cito aqui um estudo da Accenture que afirma que a migração dos processos analógicos para digital vai gerar um incremento de US$ 30 trilhões de dólares até 2.020 no PIB (Produto Interno Bruto) de diferentes países. Somente no Brasil serão US$ 120 bilhões”, afirma.
E por que será importante migrar? Não se trata apenas de uma mudança de analógico para digital (o que justificaria por si só a migração o pensamento das companhias tradicionais). Há um contexto social importante. Leonardo Tristão, general manager da AirBnB no Brasil, é um dos defensores da ideia. “A empresa encara a inovação dentro do nosso propósito de contexto social. Trouxemos uma nova forma de viajar e incorporamos uma experiência única”, afirma.
Outro ponto importante destacado é a importância da mudança cultural orientado a inovação. Ou seja, mudar é desempenhar um novo painel perante a sociedade. “Se estiver apegado as suas crenças, suas filosofias, você não consegue evoluir. Inovacao é isso. Não é porque algo não está bom que não podemos ser melhores. A inovação passa por esse desapego de crenca e a capacidde de executar uma boa ideia”, afirmou Gabriel Leal, diretor comercial da XP Investimentos.
Ciro Kawamura, vice-presidente de qualidade e atenção ao cliente da Telefonica-Vivo, deu uma contribuição decisiva sobre o tema. Afinal, por que toda essa inovação. “Porque a inovação deve ser útil para sociedade. Do contrário, de nada adianta”, afirma.
Um exemplo bem acabado é da Whirlpool na América Latina. “Lançamos um serviço de água por assinatura e temos mais 200 mil assinantes. Estamos inovando na direção de serviços. E tudo a partir do cliente”, afirma Carlos Eduardo Sousa, diretor de ecohouse e serviços ao consumidor da empresa.
A inovação de mão dupla ou one way?
Inovação foi o tema do painel do Conarec de 2016. Os debatedores discutiram qual o melhor caminho para o novo: de dentro para fora ou o contrário?
- Ivan Ventura
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