Um dos maiores destaques de vendas em 2020 esteve relacionado ao e-commerce. A maior parte das lojas migrou para o meio digital e uma grande parcela dos brasileiros passou, por causa da pandemia, a comprar online. A pesquisa Webshoppers, realizada pela consultoria Ebit/Nielsen em conjunto com a Bexs Banco, destaca que em 2020 as compras online bateram um recorde histórico no Brasil: 87 bilhões de reais, um crescimento de 41%.
Mas, quais são os principais pontos que levaram a esse crescimento? A pesquisa destaca, por exemplo, um cenário no qual muitas pessoas que nunca haviam realizado uma compra online terem aderido ao hábito.
Confira sete destaques do Webshoppers para entender o cenário e os motivos de crescimento do e-commerce em 2020 e compreender caminhos para garantir o desenvolvimento do comércio online ainda mais em 2021.
1. O crescimento vem, principalmente, da demanda
De acordo com a Webshoppers, o principal motivo para o crescimento foi a demanda, alavancada pela pandemia. O e-commerce já vinha crescendo ao longo dos anos, mas com a quarentena, as pessoas se viram impedidas de frequentar o varejo físico na maior parte do tempo.
Essa demanda, no entanto, não deve acabar após a pandemia. Afinal, uma parcela de consumidores já destaca que fará compras online mesmo após a quarentena, sobretudo pela facilidade e variedade de catálogo. Afinal, quando o consumidor entende que algo é vantajoso para ele, isso passa a fazer parte da vida dele.
2. Novos consumidores no e-commerce
Como foi dito anteriormente, muitas pessoas aderiram ao e-commerce em 2020, tendo em vista uma parcela expressiva (17%) fez compras no setor pela primeira vez. Esse hábito representou um aumento de novos consumidores, que tende a se expandir nos próximos anos.
De acordo com a pesquisa, foram 13,2 milhões de novos consumidores que passaram a comprar online, fato que representa um crescimento de 23% em relação ao ano anterior. No total, o ano de 2020 fechou com um crescimento de 29% de consumidores (novos ou não) no e-commerce.
Além do aumento total no número, um dado chama a atenção: 83% dos novos consumidores declararam que voltariam a fazer as compras online.
3. Número de reclamações tem ligação direta com o valor do frete
A pesquisa também destaca a experiência dos consumidores em 2020. Entre os resultados, um dos que mais chama atenção é a relação entre as reclamações e o valor do frete. De acordo com o estudo, quanto maior o valor, maior é também a taxa de reclamação.
Para fretes acima de R$ 30,00, por exemplo, há um total de 11,5% de reclamações sobre qualquer aspecto da compra. Já para valores gratuitos ou abaixo dos R$ 5,00, a taxa de reclamação se mostra em 8,1%.
4. Atenção ao mercado pet
Em 2020, as pessoas passaram a conviver ainda mais com seus pets e isso gerou um faturamento bastante alto para o setor via e-commerce. O estudo ressalta que variação percentual da quantidade de pedidos, em comparação a 2019, foi de 143%. O total de faturamento do mercado pet também teve aumento de 108% em 2020.
Esse aumento expressivo foi registrado também pela impossibilidade de sair de casa. Tendo em vista que os produtos cruciais para os pets seguiram, sobretudo aqueles relacionados à alimentação e higiene. As lojas que destacaram um atendimento facilitado e digital se sobressaíram em relação às outras, em especial pela comodidade e por planos de assinatura — que reduziram o valor do frete.
5. A importância dos buscadores e das redes sociais
Para chegar até o e-commerce, existem inúmeros canais. No entanto, as redes sociais e os sites de busca se sobressaíram em 2020 como os principais caminhos para as lojas. Esse aumento reflete, para os sites de busca, um hábito de comportamento para a procura pelos produtos — o que reforça a importância de se adequar e estar presente nesses buscadores. Já para as redes sociais, nota-se um contato maior dos consumidores com as plataformas.
Em especial para os itens de decoração e automotivos, o principal meio de contato é feito pelos sites de buscas. Já para alimentos, perfumarias, roupas e calçados, o maior destaque vai para as redes sociais.
6. Compras na palma da mão
Outro destaque da pesquisa foi o meio pelo qual os consumidores têm comprado. De acordo com a Webshoppers, 55,1% das compras foram feitas por smartphones, o que representa um total de 45,9 bilhões de reais feitas pelo dispositivo móvel.
Para isso, apresenta-se a necessidade de ter um site bem formulado para a versão mobile, visto que os brasileiros preferem a facilidade e versatilidade do smartphone para realizar compras online. Um dos motivos para o uso também está conectado aos aplicativos de bancos, instalados nos dispositivos.
7. Sudeste lidera as compras online
Entre as regiões do país, o Sudeste é a área que mais se destaca em relação ao resto do Brasil em 2020. A região corresponde a mais da metade (52%) do faturamento total. No entanto, há um destaque dado à região Nordeste, que dobrou a contribuição para o faturamento de um ano para o outro, passando de 18,5% para 31,7%.
A região com menor contribuição foi o Norte, com 4,7%.
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