Pesquisa divulgada hoje (26) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que 6 em 10 empreendedores (ou 57,7%) não descartariam seus negócios em troca de um emprego formal estável, com remuneração compatível com o mercado.
A pesquisa mostra que outros 23,0% dos entrevistados até aceitariam a proposta, mas tentariam conciliar o novo emprego com a sua empresa e apenas 3,7% concordariam em abandonar a vida de empresário para virar um trabalhador assalariado.
O estudo mostra que os jovens empreendedores são focados quando pensam no próprio negócio: 81,1% dos entrevistados não possuem um trabalho paralelo, ao passo que 8,9% têm um emprego formal e 5,4% trabalham de modo informal para outra empresa.
“Conquistar a autonomia profissional e não depender de horários fixos e da rigidez patronal é uma das vantagens que explicam a migração de trabalhadores com carteira assinada para empreender em um negócio. No entanto, abrir a sua própria empresa e virar patrão de si mesmo pode ser mais complicado do que se imagina e requer uma atualização constante sobre a sua área de atuação e muita segurança em suas atitudes”, explicou, em nota, o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.
Mesmo os que mantém outras atividades profissionais não pretendem manter essa situação por muito tempo: 59,9% dos jovens empreendedores que exercem uma profissão paralela querem o desligamento de seus empregos para se dedicar de modo integral aos negócios.
A maior parte dessas pessoas (46,9%), no entanto, admite que esse desejo só poderá se concretizar quando houver um faturamento que possibilite ganho igual ou maior ao que possuem atualmente.