Nos dias de hoje se imaginar sem conectividade é como sair para uma travessia no deserto sem água. Nossa rotina e nosso trabalho (salvo algumas exceções) se tornaram quase impossíveis sem uma conexão com a internet. Num modo – e mundo – cada vez mais dependente de conexões digitais a tecnologia 5G tem despertado a nossa curiosidade para saber qual será seu real impacto.
A promessa, segundo especialistas, é de velocidade até 20 vezes mais rápida do que a atual. De acordo com o relatório “Mobile Economy 2022, da GSMA”, o 5G deverá responder por cerca de um quarto do total de conexões móveis até o final de 2025 e mais de duas em cada cinco pessoas no mundo utilizarão uma rede de quinta geração.
Assine a nossa newsletter e receba as principais notícias da experiência do cliente
A força de mercados emergentes
Ainda de acordo dom o relatório da GSMA, grandes mercados emergentes, como o Brasil, Indonésia e Índia, deverão alavancar a produção de dispositivos para uso 5G. Na América Latina, o estudo avaliou que as conexões via smartphone atingiram a marca de 500 milhões em 2021, o que representa uma taxa de adesão de 74% na região. Esse número deve chegar a 80% nos próximos quatro anos, com um ganho de pelo menos 100 milhões de acessos.
A América do Sul já possui 14 redes 5G. O Brasil aloca a maior parte delas (4 redes) com capacidade compatível com 5G para as faixas de 700 MHz, 2,3GHz, 3,5 GHz e 26 GHz. As demais estão distribuídas entre Chile (três redes), Peru (três redes), Colômbia (uma rede), Suriname (uma rede), Uruguai (uma rede) e Argentina (uma rede). No entanto, é necessário investimentos por parte das operadoras e apoio dos governos para que as promessas se concretizem.
Curitiba: “a cidade 5G” no Brasil
No Brasil já temos um exemplo nessa evolução. Curitiba, a capital paranaense, será a primeira no Brasil a fazer parte de uma iniciativa que pretende trabalhar o conceito de “cidade inteligente” a partir da implementação do 5G. A TIM Brasil e a Huawei fecharam recentemente um acordo de colaboração (MoU) para o desenvolvimento do projeto “Cidade 5G” em Curitiba.
A parceria pretende ampliar o alcance da transmissão de sinais (com grande quantidade de antenas e tecnologia de ponta), que auxiliarão na entrega de dados com mais velocidade e com baixíssima latência. Com isso as empresas projetam maiores oportunidades para aprimorar a experiência dos cidadãos de Curitiba. No radar de melhorias o projeto prevê infraestrutura local com baixo consumo de energia e custo, além da alta qualidade na entrega de serviços digitais.
Leia mais: Brasil terá nova operadora de telecom
O potencial do 5G para o Customer Experience (e seus desafios)
Sem dúvida a tecnologia 5G poderá aumentar as oportunidades de melhorias em nosso cotidiano. Atrelado a ela, o já conhecido desenvolvimento de equipamentos em sincronia como Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT) farão materializar e ampliar um sofisticado ecossistema para marcas avançarem em Customer Experience (CX).
Por outro lado, os desafios também virão na mesma proporção. O primeiro deles é a infraestrutura: as empresas de telecomunicações precisam atrair os investidores para que haja, de fato, robustez no serviço. Para o consumidor 5G não é apenas uma questão de velocidade, mas, a solução de problemas que o 4G não consegue resolver, por exemplo.
Outro fator importante quando pensamos em CX aplicado ao 5G é a transparência na oferta. Devemos lembrar que, inicialmente, muitas operadoras terão que utilizar a rede 5G no formato NSA (non-standalone), cujo núcleo central está interligado ainda ao sistema 4G. Em termos práticos isso significa que nesse primeiro estágio a capacidade do 5G será parcialmente utilizada. A rede 5G só poderá ser plenamente aproveitada quando as redes operarem em SA (standalone) que é o 5G puro.
A face invisível do 5G
Ainda sobre a face invisível do 5G, será no setor corporativo que as grandes diferenças e desafios serão sentidas. Para as empresas interessadas nas suas possibilidades do 5G, haverá a necessidade de desenvolver uma estratégia, um modelo de governança e de análise de risco para garantir uma adoção segura do 5G nos seus processos de negócio.
Do lado das operadoras móveis aquelas que ofertarem um pacote de serviços integrados incluindo controles e processos de segurança bem definidos sairão na frente. Para especialistas, será o desenvolvimento de um modelo baseado em “security by design”, no qual seus produtos terão uma vantagem competitiva de mercado e que poderá influenciar o processo de decisão das empresas na hora de contratarem suas redes privadas 5G.
Leia mais: Saiba quais são as barreiras para democratização do 5G no Brasil
Um futuro de melhores experiências
Toda essa expectativa sobre 5G prevê a evolução da experiência do usuário com serviços digitais. Mas essa é apenas a “primeira tela” desta ferramenta. O importante é lembrar que se trata de um processo complexo e que precisa de planejamento entre todos os agentes envolvidos. No Brasil, precisamos que todo o território tenha acesso real à rede 5G para todas as cidades receberem ofertas e vivenciarem os potenciais dessa tecnologia.
À medida que governos e indústrias forem se configurando para esse avanço e utilização, os consumidores poderão então vislumbrar os benefícios do 5G no contato com marcas, produtos, serviços e outras infraestruturas. Um ciclo evolutivo para toda a economia. Entregar a experiência que consumidores tanto aguardam está cada vez mais atrelado à digitalização ágil e segura e o 5G poderá saciar esse desejo.
Assine a nossa newsletter e receba as principais notícias da experiência do cliente
+ Notícias
Conexões autênticas: o que significa experiência do cliente nos dias de hoje?
Transformação digital: aprendizados do Bmg para melhorar a experiência do cliente