Gigantes como Facebook e Twitter travam desde sempre uma verdadeira batalha contra as chamadas contas falsas. Mas de acordo com relatório da Arkose Labs – empresa de prevenção de fraudes e abusos – o principal (e atual) desafio dessas gigantes de tecnologia é lidar com uma nova versão do problema: contas sequestradas de pessoas reais usadas por fraudadores e chatbots que se passam por pessoas reais.
E os números não mentem: 53% das tentativas de login em contas nas principais redes sociais são tentativas automatizadas de invasão por hackers.
“Se esse usuário [hackeado] estiver na plataforma há alguns anos, [a empresa de mídia social] terá muito menos chances de agir contra ele do que contra uma conta totalmente nova e criada”, disse Kevin Gosschalk, CEO da Arkose Labs, à “Fast Company”.
Para conseguirem “roubar” contas pessoais, esses invasores utilizam programas, como o Sentry MBA, capazes de executar rapidamente milhões de combinações de nomes de usuário e senhas.
Não à toa hoje existem dois cenários: as contas que foram roubadas e as falsas, que contabilizam 25% de todos os novos usuários de redes sociais.
“Essas contas muitas vezes são usadas para se conseguir dinheiro, tendo sexo como principal atração”, contou Gosschalk.
Segundo o executivo, esses chatbots são capazes de flertar com os usuários como se fossem pessoas reais e chegam até a exibir conteúdos com nudez.
O próximo passo, então, é persuadir o usuário para que os dois continuem a conversa em um site de namoro, que também é falso. É neste momento que o internauta desinformado insere informações importantes aos golpistas, como número do cartão de crédito, em muitos casos.
“Eles fazem muitos ataques de validação de conta apenas para verificar se essa conta existe. Se der certo eles utilizam esse login em outros sites também”, afirmou Vanita Pandey, vice-presidente de marketing da Arkose.
Além disso, o estudo ainda descobriu que 9% das tentativas de login em sites de serviços financeiros também são feitas por fraudadores. Isso porque eles utilizam a combinação de login e senha usadas pelas pessoas com maior frequência.
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