Admitir é o primeiro passo para agir rumo a uma solução. Dito isso, é hora de colocar a mão na massa e começar a trajetória rumo a uma vida financeira saudável. Quer sair das dívidas? Siga o passo a passo abaixo montado pelo Guia do Bolso.
1 ? Descubra o valor total devido
Contate todos os seus credores para saber o valor exato de suas dívidas acumuladas. Se tiver dúvidas, uma boa alternativa é recorrer a órgãos de proteção ao crédito, como o SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) ou o Serasa, para saber quais foram as empresas que pediram a inclusão do seu nome no cadastro de devedores.
Levante, ainda, outras dívidas, como condomínio e aluguel atrasados, além de valores emprestados de amigos e parentes. A hora de reverter essa situação é agora. Não deixe nada de fora deste levantamento;
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2 ? Mapeie seu orçamento mensal
Depois de ter calculado o valor exato de todas as suas dívidas é preciso mapear todos os seus gastos mensais para saber quanto dinheiro você terá disponível para renegociar as parcelas das dívidas sem comprometer seus gastos essenciais (alimentação, saúde e transporte).
Uma ferramenta que pode ajudar nesse processo é o
Guia Bolso, que puxa e categoriza automaticamente todos os seus gastos feitos no cartão de débito e crédito. Além disso, ele oferece gráficos que o ajudarão a entender para onde foi cada real que você gastou no mês. Assim, fica muito mais fácil identificar onde é possível gastar menos para, enfim, sair das dívidas;
3 ? Reorganize seus gastos mensais
Depois de mapear todos os seus gastos mensais, é hora de criar metas de gastos para reorganizar suas despesas. Uma das formas mais eficazes de fazer isso é aplicando a regra dos 50-15-35. Funciona assim:
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? 50% da renda mensal é destinada para gastos essenciais como por contas da casa (luz, gás, telefone), transporte, alimentação, educação e saúde;
? 15% para prioridades financeiras: no caso, sua grande prioridade financeira neste momento é quitar suas dívidas. Em seguida, os próximos passos, em ordem de prioridade, devem ser: criar uma reserva de emergência, fazer um plano de previdência e investir no longo prazo;
? Os 35% restantes devem ser destinados à manutenção do seu estilo de vida, que abrange todas as atividades do seu cotidiano que deixam sua vida mais leve, como cinema, academia e jantar fora. Vale lembrar que esta é a categoria que possui maior potencial de corte de gastos, caso você precise reservar mais de 15% da sua renda para renegociar suas dívidas;
4 ? Renegocie suas dívidas
Agora que você já mapeou seu orçamento e reduziu gastos, já é capaz de identificar quanto da sua renda pode ser direcionado para pagar as dívidas. Por isso, em vez de aceitar a primeira oferta dos credores, faça uma contraproposta: para pagamento à vista, negocie um bom desconto nos juros e para pagamento a prazo, proponha parcelas que caibam no seu orçamento.
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Caso não haja acordo com a instituição financeira, uma boa opção é pegar dinheiro emprestado com algum amigo ou familiar. Dessa forma, você consegue quitar a dívida à vista com desconto e refinanciá-la a juros menores com as pessoas mais próximas;
5 ? Construa uma reserva de emergência
Com suas dívidas sob controle, é hora de começar a poupar parte da renda para construir uma reserva de emergência. Esse colchão é fundamental para nos prevenir das adversidades da vida, para que não precisemos entrar no cheque especial cada vez que formos surpreendidos por uma multa, despesa médica inesperada ou mesmo naqueles meses em que gastamos um pouco a mais no cartão de crédito.