As empresas que deverão mudar a maneira como vivemos podem ainda estar apenas no papel ou na mente empreendedora, esperando para ser aplicada, seja em grandes, médias ou microempresas. Mas quais são os fatores que influenciam a origem das inovações que deverão conquistar o mercado nos próximos anos?
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?Saímos de um modelo de escassez para um modelo de abundância de informação. De controle para compartilhamento. Ter é diferente usufruir. No trabalho, as pessoas prezam menos a segurança e mais o propósito. A tecnologia permite que a gente trabalhe em todos os lugares. Modelos de negócio que levam esse novo modelo mental em consideração tendem a crescer no mundo?, garante Felipe Matos, fundador da aceleradora Startup Farm e coordenador executivo do Movimento Dínamo, que incentiva discussões para políticas públicas em prol do empreendedorismo.
Durante a Feira do Empreendedor 2016 promovida pelo SEBRAE-SP, Matos, que já foi COO do programa Start-Up Brasil e atuou como CEO, investidor, mentor e conselheiro de startups brasileiras e no Vale do Silício, apontou as principais diferenças entre startups e corporações. Veja a seguir quais são elas:
1) Cultura: As startups mantém uma visão empreendedora, aberta e divertida enquanto as grandes corporações vão se tornando cada vez mais adversa ao risco, fechada e séria.
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2) Foco: Quando pensa em criar algo novo para o cliente, a grande corporação está mais focada no lucro do que satisfazer o cliente, porque ela precisa antes satisfazer seus stakeholders e acionistas. A satisfação do cliente acaba sendo apenas mais uma variável nesta equação.
3) Inovação: A inovação da startup geralmente é radical, revolucionária, enquanto àquela realizada pelas empresas consolidadas está presa a inovações mais incrementais. Há uma resistência à mudança.
4) Gestão: A gestão da startup é simples, direta e flexível. Já a de uma corporação é complexa, lenta e com múltiplas camadas de decisão.
5) Planejamento: O planejamento das startups é ágil, enxuto e antiestrutura, pois à medida que o mercado responde, o plano é rapidamente modificado e ajustado. Geralmente, as grandes empresas fazem longos planejamentos estratégicos para os próximos dois anos, dificultando a adaptação aos movimentos do mercado.
Segundo Felipe Matos, é por todos estes contrastes que as startups são mais propensas a alavancar inovações de negócio: ?Quando a gente junta as mudanças que estão ocorrendo no mundo e o que as startups tem de bom, a gente começa a ver que as inovações de negócio virão muito mais delas do que das grandes empresas? , concluiu o executivo.
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