Na semana do Dia Mundial do Coração (29 de setembro), o assunto ganha um importante destaque, já que dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que 17 milhões de pessoas morrem em todo o mundo anualmente, devido às doenças do coração. A preocupação com esse número é tão grande que a OMS lançou uma campanha ambiciosa: reduzir em 25% a mortalidade prematura por doenças cardíacas até o ano de 2.025 (25 por 25). O Brasil é um dos países que está empenhado em atingir o objetivo.
?O Dia Mundial do Coração foi criado exatamente para ser um dia oficial em que falamos de prevenção, da importância de informar a população sobre os fatores de risco, para assim conquistarmos essa meta?, afirma Márcia Barbosa, ex-presidente da Sociedade Interamericana de Cardiologia.
?As doenças cardíacas matam mais que o câncer. O que nós cardiologistas queremos é diminuir as mortes prematuras, causadas por fatores que poderiam ter sido evitados se a população tiver mais cuidado com seu coração?, alerta a especialista. Assim, fatores como não fumar, controlar sempre a pressão e o colesterol, fazer exercícios podem ser grandes aliados na luta contra as doenças cardiovasculares.
Segundo a cardiologista, a doença que mais preocupa é a pressão alta, porque muitas pessoas nunca prestaram atenção nisso e não sabem que tem pressão alta. ?Dentre os que já olharam, praticamente 50% não trata. E entre o percentual que trata, só 30% tem a pressão efetivamente controlada. Não toma remédio direito, não vai ao médico. A pressão alta causa danos não só ao coração, mas também aos rins, ao cérebro, a todos os órgãos do corpo. E pode ser silenciosa, assintomática?, alerta Márcia.
Outro problema preocupante são pessoas que, por terem colesterol alto ou serem diabéticas começam a ter dores que já podem ser expressão de isquemia, que pode levar a um infarto, e não buscam ajuda médica.
Ela alerta ainda para o aumento do número de infartos em mulheres. ?Elas têm uma proteção até a menopausa, mas depois têm problemas com frequência igual e até maior que a dos homens. Como elas não são alertadas, muitas têm problemas de coronária que não são diagnosticados e tratados?, diz.
Por fim, ela lembra da importância de fazer exercícios físicos. No entanto, aconselha a quem tem mais de 35, 40 anos a iniciar as práticas de atividades com cuidado. ?O ideal é ir ao médico e fazer exames, fazer exercícios de forma responsável, começando gradativamente. Não adianta querer tirar o atraso de toda uma vida em um dia?, finaliza.
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