Na NRF 2023, as avaliações sobre os desafio e necessidades do varejo brasileiro para este ano tem sido tema recorrente entre os mais de 2.000 brasileiros que participam do evento em Nova Iorque.
Diante de um cenário que conjuga inflação, uma certa perda de renda, e uma instabilidade, que por sua vez, traz insegurança para consumidores e empresas, todo esse contexto, obviamente, permeia análises e investimentos do varejista.
Para falar sobre os pontos principais que todo varejista do Brasil precisa estar atento para driblar esse cenário e alcançar bons resultados em 2023, conversamos com Vanderlei Ferreira, presidente da Zebra Technologies no Brasil.
Busque eficiência em todas as áreas do varejo
Para Ferreira, o primeiro pilar é entender que o varejo precisa ser mais eficiente em todas as áreas. Isso está ligado, sobretudo, a um entendimento da importância da tecnologia em uma área sensível do varejo brasileiro: o inventário.
Segundo Ferreira, essa área no Brasil desencadeia uma série de rupturas em toda a cadeia do negócio e impacta diretamente a experiência do cliente e o desempenho das empresas. “Acho que um dos aspectos fundamentais é buscar maior eficiência nessa área no Brasil. Na Zebra, levamos para o cliente um melhor entendimento da integração necessária entre este ponto e todas as áreas do varejo, e isso tem ajudado varejistas a terem uma produtividade muito maior e menos perdas”, destaca Ferreira.
Ferreira diz que o importante agora é “simplificar o varejo”. Entender essa jornada de implementação da tecnologia, da digitalização e da transformação digital de uma forma muito mais fácil, tátil, segura e consciente. “No Brasil sabemos quanto vale cada centavo de um investimento e isso faz toda diferença no momento da contratação de uma nova tecnologia, por exemplo”, salienta Ferreira.
Como segundo pilar, Ferreira aponta a importância dos dados digitais para o varejo. “Os dados estão mostrando exatamente como eles podem ser uma ótima ferramenta, um apoio, uma forma inteligente de trabalhar e que vai ajudar toda a cadeia do varejo”, frisa. Para Ferreira, os dados são importantes para levar informação e segurança para a retaguarda do inventário, por exemplo.
“Vale lembrar que mesmo comprando em lojas físicas, muitas vezes o cliente opta pela entrega em casa do produto. Nossas pesquisas apontam que, em média, 70% dos clientes preferem esse modelo, ou seja, mais uma vez, a tecnologia deve estar inserida para que o varejista atenda esse cliente da forma que ele quer”, complementa Ferreira.
Como terceiro pilar, Ferreira destaca a experiência. Esse quesito, segundo o presidente da Zebra, está ligado não apenas no momento do cliente com o produto, mas, em toda a operação do varejo. Quando refletida dentro do dia a dia do colaborador, por exemplo, ela propõe mais eficiência, agilidade e uma nova visão do colaborador para com a empresa. “Ela traz um senso de pertencimento. Com as ferramentas corretas, com a informação correta, tudo tende a ficar mais leve para que ele possa lidar com o cliente de forma mais individualizada, produtiva e resolutiva”, diz Ferreira.
Ou seja, pilares que estão sendo decisivos para o varejo que, após anos de entendimento sobre o valor da tecnologia para melhor transacionar com um consumidor exigente e ávido por uma boa experiência – seja no e-commerce ou na loja física – está agora redirecionando o próprio negócio.
A ominicanalidade é parte desse processo
Por fim, Ferreira destaca que dentro desse cenário, a Zebra se posiciona como uma empresa que entrega omnicanalidade para seus clientes. Peça-chave nesse processo entre físico e digital, latente em toda a operação de varejo e na experiência do cliente, a tecnologia e a integração de canais é agora mãe da boa experiência no varejo.
Seja no inventário, na organização da loja, no PDV, passando pela experiência do colaborador, por um self-checkout do cliente e sua experiência de compra… em todos os aspectos do varejo, hoje a tecnologia deve ser compreendida como um dos melhores investimentos no setor.
“Entendendo que agora, o varejista quer fazer uma boa implementação tecnológica porque ele sabe que investir em tecnologia é realmente um investimento correto para o varejo. Mesmo, agora, diante de margens apertadas e um cenário bastante complexo – ainda – ele sabe que o mais importante é trabalhar de forma eficiente e produtiva. E a tecnologia está aí para isso”, conclui Ferreira.
Texto: Marcelo Brandão / Apuração: Jacques Meir.