O Walmart, maior varejista mundial, anunciou ontem que pretende investir em 2015 algo entre US$ 11,6 bilhões e US$ 12,9 bilhões em novas lojas, o que poderá significar uma redução de até US$ 1,4 bilhão no volume em relação a este ano.
Além disso, a empresa disse que o foco da expansão estará cada vez menos nos supercenters (suas lojas de grande porte) e mais nas lojas de vizinhança e na operação online, que, na avaliação dos executivos, estão mais alinhadas às demandas dos consumidores por proximidade, conveniência e eficiência.
A mudança no foco da expansão também reflete a dificuldade da empresa em continuar crescendo no modelo tradicional, de abertura em massa de grandes pontos de venda visando ocupação de mercado e dominância no segmento de mass merchandise, caracterizado por alto volume e margens baixas.
A elevação dos custos de financiamento das novas construções tem tornado esse modelo insustentável, prejudicando o ritmo de abertura de lojas e o crescimento das vendas da companhia.
Com a redução do tráfego de clientes (influência do e-commerce) e a forte concorrência com outros operadores de descontos, as vendas em mesmas lojas do Walmart vêm desacelerando há um ano e meio. Para o acumulado de 2014, a companhia projeta um crescimento entre 2% e 4% em suas vendas líquidas, abaixo da projeção inicial de 3% a 5%.
A varejista pretende, em 2015, abrir entre 180 e 200 lojas de vizinhança, além de projetar um crescimento de 25% em suas operações online.
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