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Música e negócios: você gosta de marcas barulhentas?

Música e negócios: você gosta de marcas barulhentas?

Música e marca pode ser uma combinação extraordinária. Mas não é tão simples. Vale a pena conferir o que especialistas falaram sobre isso no SXSW

As marcas estão buscando se conectar de novas e confiáveis formas, de acordo com objetivos definidos. O aumento das parcerias entre elas e artistas, particularmente músicos, trouxe um grande desenvolvimento e a construção de imagem juntos aos consumidores. Não há uma solução sob medida que permita que as marcas busquem músicas que as identifiquem, o que leva a seguinte questão: o que afinal uma marca pode fazer para contar uma história acompanhado de sua música? No painel “We will rock you! Make a big noise with the brands”, vários executivos do mercado de entretenimento se reuniram para discutir essa nova dinâmica. Justin Gray, presidente da Justin Gray Entertainment, Allison Shaw, CEO da Manic Monkee Management, Jennifer Sullivan, presidente da memBrain Llc, e Shira Yevin, artista da Collide Agency, falaram sobre como criar uma fórmula vencedora para alinhar marcas e músicas.

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Como artistas e músicos podem se aproximar das marcas? Justin Gray é um dos maiores especialistas globais no assunto. Grandes marcas mundiais utilizam sua expertise para buscar associações pertinentes com seus valores e posicionamento com músicos e músicas. Além de produzir, Justin é também compositor e criador de músicas e trilhas sonoras. As marcas procuram se inserir na cultura popular e a música é um excelente atalho para criar esse vínculo. Segundo Justin, “é necessário trabalhar muito junto com o cliente para encontrar a música que mais combina com a essência da marca. O exemplo de Aquaman diz muito sobre esse processo: o cliente queria uma música de herói mas que não evocasse heroísmo, queria que evocasse o mar, mas não fosse aquática, ou seja, precisamos interpretar o que o cliente precisa expressar, a marca precisa dizer”.

Músicos e marcas à procura de um relacionamento

Jennifer Sullivan diz que o processo colaborativo é necessário porque a tendência das marcas é buscar um som muito específico, tanto quanto procura um artista ou influenciador de modo muito específico. Shaw, da Manic Monkee diz que tudo é válido desde que a música escolhida seja boa: “se a música for ruim, não há colaboração que dê jeito”. Em um mercado profissionalizado como o norte-americano, é necessário que os artistas, por sua vez, tenham uma apresentação formatada, na qual seja possível compreender seus valores, visão, posicionamento, estilo, autenticidade, para que possam ser compreendidos pelas marcas à procura de uma conexão.

Justin diz que o enfoque é sempre de um cobranding: a marca do artista e a marca patrocinadora. Não importa o tamanho do artista, ele é sempre uma marca. Aqui no SXSW há dezenas de marcas startups de artistas, lembra Sullivan: “e como marcas normais, os artistas precisam de uma curadoria, não aceitar qualquer tipo de vínculo com qualquer marca só porque precisam pagar suas contas”. Sua empresa criou uma revista que a cada mês apresenta novos artistas e leva para o conhecimento das marcas para que possam entender o que está acontecendo no panorama musical.

Para Shaw é necessário sempre pensar em como as marcas – do artista e da empresa – podem gerar valor mútuo. Shira Yevin complementou o raciocínio ao dizer que o valor passa pela capacidade da estratégia de comunicação – propaganda ou conteúdo – gerar buzz, engajamento e likes capaz de atrair muitos formadores de opinião.

Música e princípios

“Há oito anos”, contou Justin Gray, “a AT&T encontrou uma música minha no finado My Space e me procurou para licenciar a canção e tinham US$ 100 mil para investir na canção. Eu engasguei na hora e não entendi direito o pedido. Mas o que isso ilustra é que os artistas não devem ter a mentalidade de evitar ser artisticamente válidos e comercialmente viáveis. Esse dilema não deve existir”. Sempre há uma música, um trecho, um ritmo que sim, combina com uma marca maravilhosamente bem e isso não vai profanar a obra artística. Justin pensava em toda a sua integridade artística e enfim cedeu. Hoje, ele é uma das personalidades mais requisitadas na hora de ajudar marcas a construírem a sua trilha sonora.

O próprio SXSW é um ambiente excepcional para testar diversas canções e sua relação com as marcas. A cidade é repleta de novas bandas, gente talentosa e nesse período há muitas e muitas marcas que usam o som para criar experiências e funciona como um laboratório de experimentação a céu aberto.

A ironia da música hoje em dia é que ela está em excelente forma hoje em dia, pessoas procuram músicas novas como nunca antes, mas se você for um compositor, o cenário é aterrador. Porque eles estão à procura de gente que produza suas criações e mais, como possam licenciar suas obras. É necessário, na opinião de Gray, criar uma comunidade que possa proteger os autores e criadores de música para que eles possam ter mais chance de divulgar e produzir sua obra. Nesse sentido, o Blockchain, conforme falamos em outro artigo, pode ser um divisor de águas.

Ao vivo é tudo

Não há nada mais gratificante para um músico do que o palco, a energia do show, do contato com o público. Quando alguém deixa sua casa e vai ver um show, isso não tem preço para um artista. E, claro, a parceria com as marcas pode manter esse sonho e essa energia vivas, alimentando a vontade do artista de criar. Manter a integridade da obra artística não se vincula à relação com as marcas: “Honestamente, ter a chance de licenciar canções para as marcas pode garantir tranquilidade para que o artista possa escrever novas músicas, fazer mais shows e manter o trabalho vivo por mais tempo”, finaliza Justin.

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