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A vida online é boa, mas o risco para jovens e crianças é grande

A vida online é boa, mas o risco para jovens e crianças é grande

De acordo com estudo do Unicef/Ipsos, 80% das pessoas com 18 anos de idade acreditam que os jovens correm perigo de abuso sexual online

Abusos online, divulgação de vídeos pessoais e exposição não autorizada são temas que, junto ao estupro e à violência contra a mulher, entraram em pauta recentemente. Não por acaso, há empresas engajadas em lutar contra a cultura do estupro no Brasil. Assim, é fato que a internet traz inúmeros benefícios – inclusive a possibilidade de comprar sem sair de casa. Porém, como o Unicef mostrou em um novo estudo, oito a cada dez pessoas de 18 anos de idade acreditam que os jovens correm perigo de abusados sexualmente ou explorados online. Além disso, mais de cinco a cada dez acham que seus amigos têm comportamentos de risco ao usar a internet.

“A internet e o telefone celular revolucionaram o acesso de pessoas jovens à informação, mas os resultados da pesquisa mostram o quão real é o risco de abuso on-line para meninas e meninos”, disse Cornelius Williams, diretor associado de Proteção Infantil do UNICEF. O estudo Perils and Possibilities: Growing up online (Perigos e possibilidades: Crescendo on-line – disponível somente em inglês) tem como base uma uma pesquisa de opinião internacional com mais de 10 mil pessoas de 18 anos de idade de 25 países – entre eles o Brasil – revelando as perspectivas dos jovens sobre os riscos que enfrentam ao crescer em um mundo cada vez mais conectado. Em cada país, cerca de 400 pessoas foram entrevistadas.

Público vulnerável

A questão é que, para as empresas, o público online mais interessante é aquele com poder de compra. Porém, afirma Williams, “globalmente, um a cada três usuários de internet é criança”. Assim, os resultados dos estudos apresentam importantes insights dos próprios jovens – que também vivem conectados. “O Unicef espera amplificar a voz dos adolescentes para ajudar a resolver a violência, a exploração e o abuso online e assegurar que as crianças possam tirar o máximo proveito dos benefícios que a internet e o telefone celular oferecem”, afirma o diretor.

O relatório conclui ainda que os adolescentes parecem confiantes com a sua própria capacidade de se manter seguros, com quase 90% dos entrevistados acreditando que eles podem evitar perigos na internet.

No Brasil, 86% dos entrevistados disseram que sabem como evitar esses riscos. Outros 80% afirmam saber como lidar como pessoas que fazem comentários indesejados ou pedidos online sobre sexo. Globalmente, cerca de seis a cada dez pessoas disseram que conhecer novas pessoas online é de alguma forma importante ou muito importante para eles, mas apenas 36% acreditam fortemente poder dizer quando as pessoas na internet estão mentindo sobre quem são.

E a mulher?

Não é preciso apresentar dados para afirmar que a mulher sofre mais abusos – tanto online quanto offline. Não por acaso, o Unicef evidencia que mais de dois terços das meninas (67%), em todo o mundo, concordam fortemente que ficariam preocupadas se recebessem comentários ou pedidos sexuais por meio da internet, em comparação com 47% dos meninos.

Quando ocorrem ameaças on-line, adolescentes tendem a procurar mais os amigos do que pais ou professores, mas menos da metade concorda fortemente saber como ajudar um amigo enfrentando um risco on-line.

O que mais o estudo pode apresentar?

No Brasil, 94% dos entrevistados acreditam que as crianças e os adolescentes correm risco de ser abusados ou usados sexualmente on-line. Na América Latina e no Caribe e na África ao sul do Saara, dois terços apontaram esse risco, em comparação com 33% dos entrevistados no Oriente Médio e Norte da África.

Dois terços dos entrevistados na África ao sul do Saara e na América Latina e no Caribe (no Brasil, 62%) acreditam ou acreditam fortemente que seus amigos se colocaram em risco on-line, em comparação com 33% nos Estados Unidos e no Reino Unido.

Pessoas com 18 anos de idade nos Estados Unidos e no Reino Unido são as mais confiantes de poder evitar perigos on-line, com 94% concordando parcialmente ou concordando fortemente em poder proteger-se nas mídias sociais. No Brasil, esse percentual também foi alto: 86% disseram que sabem como evitar os perigos de situações de risco on-line.

Adolescentes na África ao sul do Saara parecem valorizar mais conhecer novas pessoas on-line, com 79% dizendo que esse tema é importante ou muito importante. No Brasil, esse percentual também foi alto: 72,5%. Nos Estados Unidos e no Reino Unido, 63% dizem que não é muito importante ou nada importante conhecer novas pessoas on-line.

83% dos entrevistados nos 25 países disseram que contariam a um amigo se eles se sentissem ameaçados on-line, em comparação com 69% que contariam a seus pais. Apenas 38% disseram que contariam a um professor. No Brasil, o percentual de entrevistados que contaria a amigos é ainda maior: 86%. Os brasileiros também demonstraram ter uma confiança maior em seus pais e professores: 83% disseram que contariam a seus pais e 46% a um professor.

O que fazer?

Em atenção à esse tema, o UNICEF divulgará nas redes sociais, durante o mês de junho, informações para incentivar uma atitude positiva dos adolescentes e jovens no uso seguro da internet. A ação faz parte da iniciativa Internet sem Vacilo, do Unicef criada em parceria com o Google e a organização não governamental SaferNet.

Esse trabalho é uma contribuição para os esforços da Aliança Global WePROTECT, que se dedica a acabar com a exploração sexual online de crianças por meio de uma ação nacional e global. O Unicef, com a Aliança Global WePROTECT, está pedindo aos governos nacionais para que estabeleçam respostas coordenadas entre sistemas de justiça penal, incluindo a aplicação da lei, e os setores de Bem-estar Infantil, Educação, Saúde e Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), bem como a sociedade civil, para proteger melhor as crianças de abuso e exploração sexual on-line.

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