As vendas na cidade de São Paulo caíram 8,4% em abril, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo informou a ACSP (Associação Comercial de São Paulo).
As vendas a prazo apresentaram queda de 1,3%, ao passo que as vendas à vista recuaram 15,4%. Segundo a Associação, abril contou com um dia útil a mais, o que amenizou a queda.
No acumulado dos quatro meses do ano, o varejo paulistano já registra queda de 12,7%. Separadamente, o setor apresentou recuos de 8,8% nas vendas a prazo e de 16,6% nas comercializações à vista nessa mesma base comparativa.
Segundo Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), ressalta que os saldos negativos se devem à atual situação econômica dos consumidores e do País.
“As vendas de bens não-duráveis, comercializados principalmente à vista, caíram mais do que as vendas a prazo por causa do calor insistente e atípico que tomou conta da cidade em abril, o que impediu que a moda outono-inverno tomasse as vitrines e araras das lojas e, assim, prejudicou significativamente os segmentos de calçados e vestuários”, acrescentou Burti, em nota.
“Já a falta de confiança do consumidor, de modo geral, explica o declínio dos bens duráveis, já que as pessoas estão inseguras – ou simplesmente não têm dinheiro – para comprar itens de maior valor a prazo”, disse.
Ainda na avaliação do presidente da ACSP, as quedas menores nos bens duráveis podem ser explicadas pelo alongamento dos prazos de financiamento. O comércio varejista, sobretudo as grandes redes, tem optado por parcelar eletrônicos, móveis e eletrodomésticos em mais vezes para atrair o consumidor.