Depois de apresentar crescimento por quatro meses seguidos, as vendas de agosto no varejo do Estado de São Paulo registraram queda de 9,9%, frente ao mesmo mês de 2013. No ano, a queda do faturamento foi de 2,4% até agosto.
Ao todo, a receita real do setor no Estado foi de R$ 43,2 bilhões em agosto, segundo a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz).
A queda foi generalizada, considerando as 16 regiões do Estado pesquisadas. Apenas em Jundiaí as vendas não caíram. Em cinco, a taxa de queda de vendas ficou acima da média do Estado e em dez houve recuos menores do que no total do Estado.
Na avaliação da FecomercioSP, o processo de contenção do movimento varejista é resultado de variáveis como renda, emprego, inflação e crédito – não de fatores locais.
Segundo a Federação, o desempenho intensifica a projeção de queda para o setor considerando todo o ano de 2014 e “acende a luz de alerta para os varejistas”.
“As sucessivas quedas nas vendas apontam que a fragilidade de expansão da massa de rendimentos reais neste ano pode não ser suficiente para sustentar a manutenção do consumo desses bens. A inflação, mais centrada em produtos alimentícios, é um fator que contribui para a dificuldade pontual do setor supermercadista nos últimos meses”, pontuou a federação em nota.
Entre os segmentos do setor, os que mais contribuíram para o resultado negativo do varejo geral foi o das lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos (-33,9%) e das concessionárias de veículos (-25,7%).
As lojas de materiais de construção (-15,4%), lojas de vestuário, tecidos e calçados (-4,5%), autopeças e acessórios (-8,8%), lojas de móveis e decoração (-6,3%), e outras atividades (-8,5%) também apresentaram quedas reais em agosto.
O setor de supermercados, por sua vez, que apresentou apenas crescimento nos últimos quatro meses, também recuou, 1% em comparação a agosto de 2013.
Apenas o segmento de Farmácias e perfumarias (4,1%) e lojas de departamento (4,5%) apresentaram alta.
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