Quem disse que robôs artificialmente inteligentes não participam de uma olimpíada? Pesquisadores britânicos das Universidades de Cambridge e da Imperial College se juntaram para realizar o que eles chamam de a primeira Olimpíada Animal para inteligências artificiais. Mas o que seria exatamente isso?
Nos últimos anos, robôs artificialmente inteligentes desafiaram e ganharam dos seres humanos em competições de perguntas e respostas ou mesmo em jogos de xadrez ou Go. No entanto, superar os obstáculos que surgem inesperadamente no mundo real ainda é um desafio e tanto para as máquinas – que o digam os carros autônomos e que ainda estão submetidos a uma série de testes práticos nas ruas.
Esse é o ponto de partida do desafio proposto por esses pesquisadores britânicos. Em um comunicado divulgado à imprensa, eles falaram sobre os motivos da criação da olimpíada. “A IA ??não pode ainda competir com animais simples na adaptação de mudanças inesperadas no ambiente. Esta competição coloca nossas melhores abordagens de IA contra o reino animal para determinar se os grandes sucessos robôs artificialmente inteligentes ??estão agora prontos para competir com os grandes sucessos da evolução dentro do seu próprio jogo”.
O desafio
A ideia da competição é justamente premiar o responsável por criar uma IA que execute as atividades triviais de um animal em seu habitat. No vídeo produzido pela organização da competição, há o conhecido desafio do cachorro que tenta entrar no interior de casa com um pedaço de maneira que é maior que a largura de uma porta. Veja o vídeo:
“Estamos propondo um novo tipo de competição de IA. Em vez de fornecer uma tarefa específica, forneceremos uma arena (e que estará disponível no fim de abril) e uma lista de habilidades cognitivas que testaremos nessa arena. O objetivo será sempre recuperar os mesmos itens alimentares, interagindo com objetos vistos anteriormente”, afirma os organizadores.
Por fim, no comunicado, eles completam: “Esperamos que seja um desafio difícil. Vencer esta competição exigirá um sistema de IA que possa se comportar de maneira robusta e generalizar para casos não vistos. Uma pontuação perfeita exigirá um avanço na IA, além das capacidades atuais. No entanto, mesmo pequenos sucessos mostrarão que é possível, não apenas encontrar padrões úteis nos dados, mas extrapolar para um entendimento de como o mundo funciona.”
Sobre o prêmio? Os organizadores prometem um prêmio de 10 mil libras.