As vendas do varejo brasileiro tiveram em setembro um crescimento de 0,5% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com números divulgados nesta manhã (14/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado quebrou o ciclo de duas quedas consecutivas nas vendas (-0,9% em julho e -1% em agosto).
Na comparação mensal, as vendas avançaram 0,4% na série com ajuste sazonal, resultado bem abaixo do avanço de 1,2% apresentado em agosto. Nos primeiros nove meses de 2014, o varejo apresenta um crescimento de 2,6%, enquanto nos últimos 12 meses a alta é de 3,4%.
O desempenho do varejo teve grandes variações de acordo com o segmento analisado.
Considerando o varejo ampliado (que incorpora as vendas de automóveis e materiais de construções, setores fortemente dependentes de crédito), as vendas recuaram 1,2% na comparação anual, um declínio bem mais suave que os 4,9% e 6,7% dos dois meses anteriores. Em setembro, as vendas de automóveis /autopeças caíram 4,5%, enquanto materiais de construção recuaram 0,1%.
O segmento de móveis e eletrodomésticos, outro fortemente impactado pela oferta de crédito, teve crescimento de apenas 0,1% (queda de 1,2% em móveis e avanço de 0,7% em eletrodomésticos).
O setor de supermercados, hipermercados, alimentos, bebidas e fumo, o mais importante da base de análise do IBGE, teve um mês ruim, com queda de 2% nas vendas (contra 0% em julho e -1,5% em agosto). Demonstrando o momento delicado da economia, o segmento de tecidos, vestuário e calçados apresentou crescimento de apenas 0,2%, levando o acumulado do ano a um recuo de 1,1%.
A nota mais positiva da Pesquisa Mensal de Comércio é o crescimento de 10,3% em artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e perfumaria, levando o setor a uma expansão de 9,4% no acumulado do ano e reforçando o chamado ?efeito batom?, em que compras de cosméticos como pequenas indulgências do dia a dia compensam a dificuldade em adquirir outras categorias de produtos e mantêm esse segmento em forte crescimento mesmo em momentos mais difíceis da economia nacional.
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