A Secretaria Nacional do Consumidor determinou nesta segunda-feira que a Unimed-Rio preste esclarecimentos sobre “condutas abusivas ao consumidor”, em até 72 horas. Segundo a Senacon, desde julho de 2022, a Unimed-Rio lidera o ranking da Agência Nacional de Saúde (ANS) como a operadora de plano de saúde com o pior atendimento ao consumidor.
Em julho deste ano, a Unimed-Rio esteve entre as dez operadoras de planos de saúde notificadas pelo Ministério da Justiça por indícios de reajustes abusivos. As investigações ainda estão em andamento e apontam para um aumento de até 133% no valor cobrado pelos planos, em relação ao que era pago pelo consumidor anteriormente.
O ministro Anderson Torres afirma que a apuração da Senacon busca garantir o direito à saúde, previsto na Constituição, e a dignidade dos consumidores. “Os princípios que norteiam o direito do consumidor precisam ser respeitados e as operadoras devem ter a capacidade de solucionar os serviços e prestar assistência em todos os níveis”, explica.
Caso a Unimed-Rio não preste os esclarecimentos solicitados pela Senacon em 72 horas e adeque os serviços oferecidos aos clientes, a operadora pode responder a um processo administrativo e ser multada. O valor da multa ainda não foi definido. O prazo começa a ser contado a partir do momento do recebimento da notificação.
Reclamações Planos de Saúde
O número de reclamações de consumidores em relação aos serviços prestados pelas operadoras dos planos de saúde aumentou 9,2% em 2021, em relação ao ano de 2020. O principal motivo das queixas registradas no relatório divulgado pela Agência Nacional de Saúde são problemas relacionados à rede credenciada.
Está se tornando cada vez mais frequente entre as operadoras o descredenciamento de hospitais e clínicas, sem que os direitos dos consumidores sejam assegurados. Isso tem gerado uma grande insatisfação por parte dos clientes, que acabam recorrendo à Justiça para tentar solucionar o problema.
Além das reclamações associadas à rede credenciada, o relatório da ANS também indica insatisfação dos consumidores em relação às dificuldades de agendamentos, ao SAC, a reajustes em planos coletivos e recusas de tratamento.
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